Pandemia não acabou! Confira 6 medidas para continuar protegido
Autoridades reforçam importância da vacinação; OMS retirou a emergência internacional da doença
Mesmo com o fim da Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII) para a Covid-19, declarado na 6ª feira (5.mai) pela Organização Mundial da Saúde (OMS), os cuidados com a doença não podem parar. Afinal, o vírus ainda vive na sociedade e continua em constante mutação.
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O título dado à pandemia de SARS-COV-2 é o mais alto alerta da OMS e foi declarado no final de janeiro de 2020 para o novo coronavírus. Segundo a organização, ao longo desses três anos e quatro meses, 6.921.614 pessoas morreram em todo o mundo em decorrência de complicações da doença. Ainda de acordo com a autoridade mundial em saúde, o Brasil é o sexto país com mais casos no mundo, com mais de 37 milhões de casos confirmados e mais de 701 mil mortes.
Em uma rede social, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comemorou o fim da emergência sanitária. Ele criticou o governo anterior e disse que ao menos metade das vidas "poderiam ter sido salvas se não tivéssemos um governo negacionista".
Ainda na esteira de críticas ao ex-governo, Lula reforçou a importância da vacinação. "Apesar do fim do estado de emergência, a pandemia ainda não acabou. Tomem as doses de reforço e não deixem de ter o esquema vacinal sempre completo", escreveu o mandatário.
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, também reforçou que a doença não acabou e destacou a importância da vacinação como ação fundamental contra a doença."O fim da declaração de emergência não significa o fim da circulação da Covid-19. Por isso, a vacinação segue como ação fundamental. Precisamos da mobilização de todos para ampliar a cobertura vacinal e combater a desinformação que questiona a segurança e a eficácia dos imunizantes", defendeu.
Mesmo sem o alerta internacional, o vírus continua bem vivo na sociedade. Por isso, as medidas de proteção aprendidas nesses três anos de pandemia ainda são indicadas. Confira as principais indicadas pelo ministério da saúde:
- Vacinação
A vacinação é o instrumento mais importante contra a covid-19. Se cada vez mais pessoas se protegerem por meio da vacinação, o coronavírus perde a capacidade de infectar tantas
pessoas ao mesmo tempo, o que acaba tornando a doença menos frequente. A vacina é segura e testada pela agência nacional de vigilância sanitária (Anvisa).
Isolamento social
Caso a pessoa tenha testado positivo para a doença, ainda que assintomático, o ideal é limitar o contato próximo entre o infectado e outras pessoas. Isso reduz as chances de transmissão em massa de covid-19. O afastamento deve durar entre 5 e 10 dias, a depender do estado da pessoa infectada.
- Distanciamento social
É recomendado o distanciamento de ao menos um metro de outras pessoas caso tenha sintomas respiratórios. Caso esteja em ambiente fechado e não consiga ficar distante, o recomendado é garantir uma boa ventilação para prevenir a transmissão em ambientes coletivos.
- Higienização das mãos
A higienização das mãos tanto com álcool em gel quanto com água e sabão é a medida isolada mais efetiva na redução da disseminação de doenças de transmissão respiratória -- não só de covid.
- Etiqueta respiratória
Uma das formas mais importantes de prevenir a disseminação de covid e até mesmo outras doenças respiratórias, é a etiqueta respiratória. Consiste em:
- Cobrir nariz e boca com lenço de papel ou com o antebraço, e nunca com as mãos ao tossir ou espirrar. Descartar adequadamente o lenço utilizado.
- Evitar tocar olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas. Se tocar, sempre higienize as mãos como já indicado.
- Manter uma distância mínima de cerca de 1 metro de qualquer pessoa tossindo ou espirrando.
- Higienizar com frequência os brinquedos das crianças e aparelho celular.
- Não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, toalhas, pratos e copos.
- Uso de máscaras em serviços de saúde
- Uso de máscaras na população em geral
O uso de máscara facial, incluindo as de tecido, é fortemente recomendado quando estiver com algum sintoma respiratório, especialmente no transporte público e em eventos e
reuniões. Assim, reduz o risco potencial de exposição do vírus, especialmente de indivíduos assintomáticos. As máscaras não devem ser usadas por crianças menores de 2 anos ou pessoas que tenham dificuldade para respirar, estejam inconscientes, incapacitadas ou que tenham
dificuldade de remover a máscara sem ajuda.
- Fim da emergência internacional
Após três anos, a Organização Mundial da Saúde decidiu que a Covid não é mais emergência global de saúde. O relatório do comitê de emergência diz que "agora é um
problema de saúde estabelecido e contínuo que não constitui mais uma emergência de saúde pública de interesse internacional". O anúncio foi feito nesta 6ª feira (5.mai) pelo
diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom. Na prática, a covid-19 segue com o título de pandemia, mas agora, sem a emergência exigida para conter o avanço.
*Com informações do Ministério da Saúde