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PF investiga terceiro registro falso de vacinação em nome Bolsonaro

Funcionários negam que tenham atendido o ex-presidente na data em que foi registrada a aplicação

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A Polícia Federal investiga um terceiro registro falso de vacinação em nome do ex-presidente Jair Bolsonaro. A informação entrou no sistema do Ministério da Saúde a partir de uma unidade básica de atendimento de São Paulo.

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No ambulatório médico de especialidades Parque Peruche, na zona norte de São Paulo, funcionários negam que tenham atendido Jair Bolsonaro na data em que foi registrada a aplicação da vacina.

O SBT apurou que o registro é de 19 de junho de 2021 -- e que o nome da pessoa que fez a atualização não consta na relação de funcionários da unidade.

Além desse registro, foram identificadas outras duas doses da vacina contra a covid-19 no cartão de vacinação de Jair Bolsonaro, que teriam sido aplicadas no município de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro. 

A Controladoria-Geral da União (CGU), em Brasília, está colaborando com a Polícia Federal e também investiga esses três registros, já que é possível rastrear as informações inseridas nos sistemas do SUS.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, deu cinco dias para que a Polícia Federal ouça os profissionais de saúde que supostamente teriam aplicado as vacinas contra a covid no ex-presidente. 

Segundo documento enviado ao STF pela vice-procuradora geral da República, Lindora Araújo, o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, Mauro Cid, "teria arquitetado e capitaneado toda a ação criminosa sem o conhecimento e sem a permissão do ex-presidente".

Moraes, em decisão para determinar a operação da PF, disse que "não há qualquer indicação que conceda credibilidade à versão de que o ajudante de ordens do ex-presidente pudesse ter comandado relevante operação criminosa sem, no mínimo conhecimento e aquiescência, ou seja, concordância, de Bolsonaro.

"Todo mundo sabe que o presidente não se vacinou, todo mundo sabe que o cartão de vacinação do presidente que já foi objeto de hackeamento, e diante disso a defesa vai estudar o que se encontra no processo e, no momento oportuno, vai se manifestar pelo agendamento do depoimento do presidente", diz Fábio Wajngarten, assessor especial do ex-presidente.

O advogado de Bolsonaro defendeu que não havia necessidade de falsificação do documento.

"Que vantagem o presidente teria em falsificar cartão de vacina? Nenhuma. Absolutamente nenhuma. Ele enquanto presidente da República tem liberdade de ingressar em qualquer país independentemente disso", afirma o advogado Paulo Bessa. 

O Ministério da Saúde nega a possibilidade de invasão hacker no sistema de vacinação.

Prefeitura de São Paulo registrou B.O.

A Prefeitura de São Paulo registrou um boletim de ocorrência, no dia 9 de janeiro, referente a um suposto cadastro de vacinação contra a covid-19 em nome do ex-presidente Jair Bolsonaro. 

Segundo a Prefeitura, o e-mail lula@gmail.com também estava cadastrado na ficha, o que pela data do registro levanta suspeita de ato criminoso contra ele e também o atual presidente Lula.

Conforme informações do boletim de ocorrência, a Assessoria de Imprensa da Secretaria Municipal de Saúde verificou que dose foi validada pelo Ministério da Saúde (lote n° 43.81.945), sendo o CPF do cadastro pertence ao ex-presidente, e o certificado de vacinação pelo sistema CONECT SUS.

O caso foi registrado pela Divisão de Crimes Contra a Administração (DICCA) do Departamento de Proteção à Cidadania (DPPC). A Polícia Civil solicitou que a ocorrência fosse remetida à Polícia Federal, sendo o pedido deferido em 27 de março.

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