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Jornalismo

Polícia prende mais de 50 pessoas em operação contra desmanches clandestinos

A venda de peças automotivas -- frutos do roubo de carros e motos -- movimenta um mercado milionário

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Uma megaoperação policial que prendeu mais de 50 pessoas suspeitas de envolvimento com o desmanche clandestino de automóveis, em São Paulo. A venda de peças automotivas -- frutos do roubo de carros e motos -- movimenta um mercado milionário.

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Policiais civis foram até o Terminal Rodoviário do Tietê, na capital paulista, para prender um ladrão de moto. Alexsandro Daniel Pereira ia embarcar para Santa Catarina e era procurado por uma tentativa de latrocínio - o roubo seguido de morte - em 2015.

Em Guarulhos, na Grande São Paulo, policiais desmontaram uma quadrilha de furtadores de motos. O bando foi gravado enquanto levava uma moto. Um homem foi preso. A polícia chegou até ele após ver o produto do roubo estampado em redes sociais.

A operação para combater o alto índice de roubos e furtos de veículos foi realizada em São José dos Campos, Sorocaba, Campinas, Santos e na região metropolitana da capital.

"Hoje eles têm o que a gente chama de 'buracos', que são locais ermos onde eles fracionam os carros e formam esses boxes, que são os pacotinhos, que aí eles põem as peças de acordo com o interesse de cada veículo", afirma o delegado Fabio Pinheiro.

Os principais alvos foram desmanches clandestinos e também os cadastrados no Detran de São Paulo.

"Nessa operação foram vistoriados 75 alvos, desses alvos 24 estabelecimentos não estavam credenciados e por isso foram interditados. Tivemos 43 credenciados que foram autuados por uma série de infrações, entre elas peças que não estavam cadastradas, e ao todo 33 alvos que foram fechadas", afirma Eduardo Aggio de Sá, diretor-presidente do Detran SP.

A principal dificuldade da polícia atualmente é chegar aos locais onde os veículos são desmontados. O que antes era feito nos chamados desmanches, agora acontece em regiões distantes e de difícil acesso.

Parelheiros, na zona sul, é uma delas. Lá, os investigadores encontraram peças em uma área de mata.

A comunidade do Jardim Pantanal, na zona leste, é o principal problema. A área, abandonada pelo governo do estado há décadas, fica numa região de várzea que sofre com constantes alagamentos.

Os veículos roubados são levados pra dentro da comunidade e rapidamente cortados. Quando a polícia chega, só encontra as carcaças.

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