Documento encontrado na casa de Torres será usado como prova. Veja fotos
Minuta de decreto apreendida pela PF na casa do ex-ministro da Justiça visava mudar resultado das eleições

SBT News
A Polícia Federal usará o documento encontrado na casa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres como prova. O texto da minuta de decreto para assinatura do ex-presidente Jair Bolsonaro previa a instauração de Estado de Defesa no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
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O documento estava no armário do ex-ministro e foi encontrado durante busca e apreensão realizada pela PF na 3ª feira (10.jan). A PF vai apurar em que circunstâncias a minuta foi elaborada. A medida poderia alterar o resultado das eleições que deram vitória ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Veja o documento encontrado:
Outro lado
Anderson Torres se pronunciou, na tarde desta 5ª feira (12.jan), por meio das redes sociais. Segundo ele, a minuta seria descartada e triturada.
"Havia em minha casa uma pilha de documentos para descarte, onde muito provavelmente o material descrito na reportagem foi encontrado. Tudo seria levado para ser triturado oportunamente no MJSP. O citado documento foi apanhado quando eu não estava lá e vazado fora de contexto, ajudando a alimentar narrativas falaciosas contra mim. Fomos o primeiro ministério a entregar os relatórios de gestão para a transição. Respeito a democracia brasileira. Tenho minha consciência tranquila quanto à minha atuação como Ministro", completou.
Havia em minha casa uma pilha de documentos para descarte, onde muito provavelmente o material descrito na reportagem foi encontrado. Tudo seria levado para ser triturado oportunamente no MJSP. O citado documento foi apanhado quando eu não estava lá?
? Anderson Torres (@andersongtorres) January 12, 2023
Demissão
Com o fim do Governo Bolsonaro, Anderson Torres voltou a ser secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, mas foi exonerado depois dos atos golpistas em Brasília.
O ministro do STF Alexandre de Moraes decretou a prisão de Torres, suspeito de ter sido conivente com os atos. O ex-ministro está nos Estados Unidos, nega envolvimento ou complacência com os atos e disse que vai retornar ao Brasil e se apresentar à Justiça. Ele está com voo confirmado para retornar nesta 6ª feira (13.jan).
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