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Jornalismo

Quatro mulheres foram vítimas de feminicídio no Rio nos primeiros dias do ano

Em 2022, os casos de feminicídio tiveram aumento de 14,1%

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mulher é enterrada
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Só nos primeiros nove dias de2023, quatro mulheres foram assassinadas pelos companheiros, no Rio de Janeiro. No ano passado, a ocorrência desse tipo de crime aumentou 14% no estado.

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Os parentes de Daniela Soares, de 29 anos, estiveram no Instituto Médico Legal nesta 3ª feira (10.jan). A jovem foi encontrada com um tiro na cabeça, na própria cama -- na madrugada de 2ª, na favela da Rocinha, zona sul do Rio. O assassino se entregou à polícia. 

Um dia antes, Carmem Dias da Silva, de 30 anos, foi assassinada na mesma comunidade. Segundo a família, ela foi esfaqueada por um homem que havia acabado de conhecer. Wendel Luka da Silva Virgílio foi preso logo após o crime.

"Ele marcou um encontro com ela e matou ela lá dentro da casa. O que aconteceu dentro da casa nós não sabemos", diz Juliana da Silva, irmã da vítima. 

Em 5 de janeiro, Eduarda da Silva Cordeiro, de 23 anos, foi morta a pauladas em Tanguá, na região metropolitana. O ex-companheiro, que teve como cúmplices dois primos da vítima, confessou ter matado a mulher para se vingar de uma traição. Os três estão presos.

No segundo dia do ano, em Cabo Frio, no litoral do estado, câmeras de segurança flagraram Thiago Oliveira de Souza invadindo uma peixaria para atirar contra a ex-mulher, Rosilene de Azevedo da Silva. O assassino está preso.

Os casos de feminicídio no estado do Rio aumentaram 14,1% no último ano. Foram 97 mulheres assassinadas de janeiro até novembro de 2022. Um número maior do que o registrado durante todo o ano de 2021.

Em São Paulo, o aumento chegou a 22,8%. Em Porto Alegre, foram 243 casos até novembro. O atual Ministério da Mulher recebeu 412 denúncias de feminicídios em todo o Brasil, só no ano passado. A promotora de Justiça de combate à violência doméstica e familiar contra a mulher alerta que é importante que as vítimas denunciem quando se sentirem ameaçadas.

"A mulher que sofre feminicídio, em sua maioria, ela não solicitou uma medida protetiva. Então, a medida protetiva é um basta, é um sinal de alerta. Aquele agressor não pode ultrapassar essa linha de agressão, de ofensas pessoais, ofensas físicas, emocionais", diz Carla Araújo. 

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