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Jornalismo

Empresário denuncia racismo em hotel de praia badalada em Florianópolis (SC)

Zulu Damazio ainda afirmou que recebeu mensagens dizendo que é "normal" resort priorizar pessoas brancas

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Montagem de fotos com vista aérea de área de lazer de resort, com piscinas e coqueiros à direita e, à esquerda, homem negro com a mão na cabeça
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O empresário Lucas Matheus Damazio Corrêa, de 27 anos e conhecido como "Zulu Damazio", denunciou o caso de racismo sofrido em um resort de luxo em Jurerê Internacional, praia badalada de Florianópolis (SC). Segundo o rapaz, ele e a família foram abordados de forma grosseira por funcionários, que exigiram que o grupo usasse uma pulseira de acesso e que era "normal" o hotel priorizar pessoas brancas. 

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Damazio denunciou o caso na última 3ª feira (3.jan), publicando vários vídeos denunciando o tratamento recebido no hotel. O rapaz, morador de Criciúma, estava com a namorada, a irmã e a mãe passando as férias na capital catarinense. 

Segundo o empresário, funcionários questionaram o motivo de ele não estar com a pulseira de acesso. No entanto, Damazio afirmou que observou várias outras pessoas sem o item para circular no hotel IL Campanario Villaggio Resort. Seguranças, de forma autoritária, seguiu a família e ainda gritou com a mãe do rapaz. O agente ainda teria falado: "não me toque" quando a mulher tentou explicar a situação. 

O rapaz relatou que a entrega do quarto foi atrasada em uma hora, enquanto outras pessoas passaram na sua frente, sob olhares e constrangimento. No restaurante, a mãe de Damazio foi abordada e questionada se trabalhava no local, em uma clara demonstração de racismo estrutural. 

Ainda de acordo com o empresário, funcionários e hóspedes enviaram mensagens e, em uma delas, uma pessoa disse que era "normal" o local dar prioridade às pessoas brancas. Zulu Damazio e a família registraram um boletim de ocorrência após a sequência de crimes. 

Hotel: "suposto caso" será investigado

Em nota, o hotel afirmou que "tomou conhecimento da denúncia de suposto caso de racismo por parte da segurança contratada pelo empreendimento" e ressaltou "que não há espaço para este tipo de atitude em nossas dependências", explicando que o uso das pulseiras é um procedimento padrão. 

Ainda na nota, o resort disse que vai investigar a situação, repudiando "toda e qualquer atitude discriminatória e condutas como a denunciada não fazem parte dos valores e dos princípios que defendemos e pregamos diariamente, de respeito e tratamento igualitário a todos". O local ofereceu uma nova estadia para a família. 

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