"Fora de questão", diz Rússia sobre retirada de tropas da Ucrânia
Kremlin voltou a rejeitar exigências ucranianas para retomada das negociações de paz
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O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou, nesta 3ª feira (13.dez), que uma discussão envolvendo a retirada das tropas russas da Ucrânia ainda este ano "está fora de questão". Segundo ele, para alcançar as negociações de paz seria necessário que o governo ucraniano "encarasse a nova realidade", que conta com a anexação de regiões.
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"O lado ucraniano terá que levar em conta as realidades que surgiram ultimamente. Essas realidades indicam que a Rússia tem novos territórios constituintes. Eles apareceram como resultado de referendos", disse Peskov, ressaltando que qualquer tentativa de negociação sem o reconhecimento das quatro regiões anexadas seria impossível.
A declaração se refere às regiões ucranianas de Donetsk, Luhansk, Kherson e Zaporizhzhia, que foram anexadas pela Rússia em outubro. A atividade, considerada ilegal pela comunidade internacional, oficializa a incorporação de 18% do território vizinho a Moscou, que já contava com o domínio da Crimeia.
Em novembro, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, estipulou algumas exigências para que as negociações de paz fossem retomadas entre os países. Entre as medidas estava a retirada das forças russas e a integridade territorial do país. No início deste mês, no entanto, o líder afirmou que não assinaria um acordo com Vladimir Putin.
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"Assinar algo com esses terroristas não traz paz e ceder quaisquer elementos de segurança à Rússia significará uma nova guerra. Só a libertação de toda a nossa terra e levar os assassinos à justiça pode trazer a paz", disse Zelensky.