Putin reconhece conflito "longo" e ameniza fala sobre armas nucleares
Presidente russo ressaltou que equipamentos serão utilizados apenas em caso de retaliação
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, comentou, na 4ª feira (7.dez), sobre o andamento da guerra na Ucrânia. Apesar de reconhecer que o conflito se estende por um longo período - cerca de 10 meses -, o chefe de Estado ressaltou que a operação já está resultando em conquistas significativas, como a anexação de quatro regiões ucranianas.
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"Quanto aos resultados da operação militar especial, alguns deles podem se manifestar apenas depois de um longo tempo. Novos territórios surgiram. Este é um resultado significativo para a Rússia. Estas são questões sérias. Pegue o Mar de Azov, que se tornou o mar interior da Rússia", disse Putin, citado pela agência estatal Tass.
O presidente comentou ainda sobre o uso de armas nucleares, principal ameaça de Moscou na guerra nos últimos meses. "Não enlouquecemos, sabemos o que são armas nucleares", afirmou Putin, ressaltando que os equipamentos são um meio de defesa e que não devem ser utilizados a não ser para responder um ataque de retaliação.
A ofensiva na Ucrânia alcança patamares complexos e as chances de negociação de paz são quase escassas. Nesta semana, por exemplo, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou que não assinaria um acordo com Putin, uma vez que o líder russo poderia violar o compromisso, assim como fez com o Memorando de Budapeste.
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O documento, assinado em 1994, fez com que a Ucrânia desistisse de manter armas nucleares da antiga União Soviética no país, em troca do reconhecimento da soberania territorial por Moscou. O acordo, no entanto, foi quebrado assim que a Rússia anexou a Crimeia, parte do território ucraniano, em 2014.