Massacre de Paraisópolis completa 3 anos; Sé tem missa em memória das vítimas
No ano passado, o governo paulista autorizou o pagamento de indenização às famílias dos nove mortos
Completam-se, nesta 5ª feira (1º.dez), três anos da ação policial em um baile funk, na região de Paraisópolis, na capital paulista, que deixou nove mortos e dezenas de feridos.
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Uma manifestação cobrando justiça pelos mortos será realizada na Praça da Sé, no centro de São Paulo, a partir das 15h nesta 5ª, e às 17h o padre Júlio Lancellotti celebrará uma missa na Catedral da Sé em memória das vítimas. A manifestação deve contar com uma apresentação musical da cantora Ana Laura (Emancipa) e fala dos familiares e de representes de movimentos sociais.
Já no sábado (3.dez), será feita uma caminhada em memória e por justiça, com saída marcada para às 14h30, do Metrô Capão Redondo, com destino ao Hospital Campo Limpo, unidade de saúde que recebeu os corpos dos jovens em 2019. No percurso, está prevista uma performance do Coletivo Periferia Segue Sangrando.
De acordo com as famílias das vítimas, há uma série de inverdades nas justificativas dos policiais sobre a ação. Segundo elas, as investigações revelam que as mortes não foram acidentais, tampouco ocorreram como resultado de pisoteamento, conforme versão do comando policial.
Perderam as vidas: Denys Henrique Quirino da Silva, de 16 anos; Marcos Paulo Oliveira dos Santos, de 16 anos; Bruno Gabriel dos Santos, de 22 anos; Eduardo Silva, de 21 anos; Mateus dos Santos Costa, de 23 anos; Dennys Guilherme dos Santos Franco, de 16 anos; Gustavo Cruz Xavier, de 14 anos; Gabriel Rogério de Moraes, de 20 anos; e Luara Victoria de Oliveira, de 18 anos.
No ano passado, o governo paulista autorizou o pagamento de indenização às famílias das nove vítimas fatais, e o Ministério Público (MPSP) denunciou 12 PMs por homicídio com dolo eventual, quando se assume o risco de morte. Outro agente foi indiciado por expor pessoas ao perigo. Os participantes da festa foram espancados com garrafas, cassetetes, bastões de fogo e gás de pimenta. Um dos policiais chegou a lançar um morteiro contra a multidão.
**Estagiário sob supervisão de Guilherme Resck
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