O dilema da covid-19: China está dividida entre conter doença ou empregos
Pequim e outras cidades já recomeçaram os lockdowns, por enquanto, regionais
Após duas semanas do anúncio de que aliviaria as restrições sociais para evitar a covid-19, a China está fechando partes de Pequim e outras cidades. Os casos da doença estão perto de bater recorde.
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Os casos diários estão próximos dos 30 mil, pouco menos do que foi alcançado no maior pico, o de abril desse ano. Porém, autoridades de saúde creem que irá ultrapassar logo com o "surto mais complicado e grave".
A capital decretou lockdowns em alguns distritos, assim como fechou parques, museus e shoppings. Em Guangzhou, fábricas foram fechadas e os trabalhadores mandados para casa. Em Zhengzhou, a maior fábrica de iPhones do mundo, centenas protestaram contra a medida, que ainda foi agravada por corte de salários.
As manifestações surgem porque, apesar dos casos crescentes, a China ainda tem índices menores do que muitos países. Porém, o governo garante que está empenhado em evitar mortes, que não acontecem desde maio.
Entre o 1,4 bilhão de habitantes, quase 90% foram vacinados. Mas, é baixa, com cerca de 40%, a adesão de idosos. O que, provavelmente, impedirá um afrouxamento das restrições, dizem especialistas em saúde.
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