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RJ: jovem sofre racismo em loja de departamento em shopping

Testemunhas confirmam que a mulher sofreu discriminação

RJ: jovem sofre racismo em loja de departamento em shopping
Mulheres em um provador de roupa
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Uma jovem negra sofreu racismo dentro de um provador de uma loja de departamento do Madureira Shopping, no Rio de Janeiro (RJ), no último sábado (12.nov).

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A vítima estava provando roupas quando foi acusada por uma funcionária branca das lojas Renner, de furtar peças. A acusadora a empurrou, jogou a bolsa de Awdrey Ribeiro, de 21 anos, no chão e começou e revistá-la.

Foi encontrado um casaco, que pertencia à vítima e, inclusive, era de outra marca. A agressora insistiu em dizer que ela tinha roubado a peça de roupa. Segundo Awdrey, outras pessoas - brancas - estavam nos provadores, mas nenhuma sofreu a intimidação e acusação da atendente.

Testemunhas começaram a gravar a ação. Quando a funcionária percebeu estar rodeada e sendo filmada por outras pessoas, tentou mudar a versão, dizendo que foi levar uma placa com o número de roupas que ela iria provar, mas a vítima já estava com uma.

"Eu me senti humilhada e constrangida. E eu fiquei com medo. Porque ela estava me acusando que eu não cometi. Se não tivessem outras pessoas ali gravando, testemunhas, seria a minha palavra contra a dela e eu poderia nem estar aqui conversando com você. Poderia estar presa", lamentou Awdrey.

Segundo a advogada de Awdrey, nenhuma testemunha foi ouvida durante o inquérito. Outro agravante da situação é que o caso que não foi registrado como racismo, mas como calúnia. De acordo com Alexandra Ferreira Gregório, a polícia não quis ouvir nenhum dos presentes no momento da situação, sendo ouvidas apenas a vítima e a agressora. A justificativa dada é que havia poucos profissionais para colher depoimentos.

A defensora também pediu a prisão em flagrante da agressora, algo que não ocorreu, mesmo "sendo a prática de um ato discriminatório em razão da cor da pele", explicou. "Ela foi discriminada sim, porque nunca uma pessoa branca passaria por isso", complementou a advogada.

O delegado Edézio Ramos afirmou que as envolvidas foram ouvidas e que a polícia trabalha para buscar outras testemunhas e registros de câmeras de segurança "para desdobrar essa história e descobrir exatamente o que de fato aconteceu".

O agente acrescentou que "se a conduta da segurança da loja teve uma motivação racial, a gente precisa identificar isso, se aconteceu de fato ou não. Se isso aconteceu, ela pode responder por uma injúria preconceituosa ou por um crime da 7716", fazendo referência ao dispositivo de lei que tipifica o racismo. 

A rede de lojas Renner emitiu uma nota "lamentando profundamente" o caso e informando que a funcionária foi demitida.

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