Polícia investiga ofensa racista sofrida por professora em São Paulo
Ana Kotebank, de 41 anos, teve seu nome substituído por "macaca" na lista de presença da sala de aula
A Delegacia de Polícia de Repressão aos Crimes Raciais e de Delitos de Intolerância (Decradi), de São Paulo, investiga o caso em que uma professora negra da Escola Municipal de Ensino Fundamental e Médio Professor Linneu Prestes, em Santo Amaro, zona sul da capital paulista, sofreu uma ofensa racista na unidade de ensino no dia 24 de outubro. Ana Kotebank, de 41 anos, teve seu nome substituído por "macaca" na lista de presença da sala de aula.
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A ocorrência foi registrada pela Polícia Civil como injúria, em 26 de outubro. A investigação é feita por meio de um inquérito policial. Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), nesta 4ª feira (9.nov), a professora "compareceu espontaneamente" na Decradi "e foi ouvida, bem como apresentou fotografia sobre os fatos informados". "Diligências estão em andamento visando à identificação da autoria dos crimes", complementa o comunicado.
Em 28 de outubro, a vítima escreveu em seu perfil no Instagram que a escola não se posicionou sobre o caso e pontuou: "Racismo é crime. Omissão diante de crime é crime. Omissão institucional sobre racismo é racismo institucional!!!". Em nota, a prefeitura de São Paulo disse que "repudia qualquer ato de discriminação e racismo".
"Tão logo ficou sabendo do episódio, a Diretoria Regional de Ensino instaurou apuração interna, já em andamento, e está à disposição para colaborar com qualquer investigação oficial em curso. O Núcleo de Apoio e Acompanhamento para a Aprendizagem (NAAPA), que conta com psicopedagogos e psicólogos, acompanha o caso e prestará todo o apoio necessário durante o processo", acrescentou a pasta.
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