Após ameaça de Putin, UE fortalece apoio à Ucrânia e mira novas sanções
Bloco também condenou a iniciativa de anexação de territórios separatistas ocupados por russos
A nova mobilização militar russa e a ameaça feita pelo presidente Vladimir Putin ao Ocidente continuam gerando repercussão na comunidade internacional. Em declaração nesta 5ª feira (22.set), o Alto Representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros, Josep Borrell, reforçou o apoio à Ucrânia e afirmou que a declaração do chefe de Estado deve ser respondida com novas sanções.
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"A Rússia escolheu um caminho de confronto ao anunciar uma mobilização parcial na Rússia, apoiando a organização de 'referendos' ilegais nos territórios ucranianos atualmente ocupados pela Rússia e ameaçando novamente com o uso de armas de destruição em massa", disse Borrell, ressaltando que a possível anexação territorial é outra violação da soberania e integridade da Ucrânia, bem como da Carta das Nações Unidas.
O diplomata acrescentou ainda que a ofensiva militar continua ameaçando a paz e a segurança na Europa e no mundo, além de resultar em consequências globais severas, como o crescimento significativo da insegurança alimentar e o aumento dos preços de energia. Segundo ele, Moscou será responsabilizado por tais atos, bem como pela iniciativa de anexação de Donbass.
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"A Rússia, sua liderança política e todos os envolvidos na organização desses 'referendos', bem como em outras violações do direito internacional e do direito humanitário internacional na Ucrânia serão responsabilizados, e medidas restritivas adicionais contra a Rússia serão apresentadas o mais rapidamente possível. A UE e seus Estados-Membros nunca reconhecerão essas áreas como nada além de uma parte da Ucrânia e continuarão a apoiar o esforço da Ucrânia para restaurar a sua integridade territorial", afirmou.