Vacina brasileira contra covid segue para testes em humanos
Segundo Fiocruz, imunizante está sendo desenvolvido como dose de reforço
![Vacina brasileira contra covid segue para testes em humanos](/_next/image?url=https%3A%2F%2Fsbt-news-assets-prod.s3.sa-east-1.amazonaws.com%2FVacina_Spi_N_TEC_consiste_na_fusao_de_duas_proteinas_S_e_N_que_resultam_em_uma_proteina_quimera_Pixabay_60b650931d.jpg&w=1920&q=90)
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) informou que a vacina brasileira contra covid-19 já está pronta para os testes em humanos. Segundo a entidade, os pesquisadores aguardam a autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para a fase clínica, responsável por analisar a segurança e imunogenicidade do imunizante SpiN-TEC.
+ Leia as últimas notícias no portal SBT News
Na fase clínica I/II, ocorrem os testes primários e secundários em animais. Nos primários, foi avaliado a segurança da vacina, verificando possíveis efeitos colaterais indesejados, como dor de cabeça, dor local, febre e náusea. Já nos testes secundários, foi analisada a eficácia do imunizante contra a infecção por covid-19.
De acordo com o coordenador do estudo, Ricardo Gazzinelli, a ideia é que o imunizante funcione como uma dose de reforço, uma vez que a maior parte da população já foi vacinada com outros imunizantes. "Nosso pedido à Anvisa é para testarmos a capacidade de resposta em relação a esse reforço contra a covid-19", explica o pesquisador.
+ Com alta de casos de covid, China confina 4 milhões de moradores
A vacina SpiN-TEC consiste na fusão de duas proteínas, S e N, que resultam em uma proteína "quimera". Essa associação confere à SpiN-TEC um diferencial em relação aos demais imunizantes, que contemplam apenas a proteína S, na qual ocorrem a maior parte das mutações do vírus e a eficiência dos anticorpos neutralizantes. A proteína N, por sua vez, é menos sujeita às mutações que geram novas variantes.