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Sete de Setembro pode ter efeito negativo para Bolsonaro, diz Traumann

Segundo o consultor político, data pode 'acender faísca' para violência; veja vídeo

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Sete de Setembro pode ter efeito negativo para Bolsonaro, diz analista
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As mobilizações para o Sete de Setembro podem ter efeito negativo para o presidente Jair Bolsonaro (PL). Segundo o consultor político Thomas Traumann, a data será decisiva para as eleições de 2022, marcadas para outubro.

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"Se o presidente de novo usar a sua capacidade de mobilização para tentar impor a sua postura em relação à Justiça Eleitoral, se ele de novo ameaçar intervenção militar junto ao STF e ao TSE e colocar as eleições brasileiras sob suspeição, a gente vai ter um efeito sim, e pode ser efeito negativo para Bolsonaro e não positivo", explica Traumann.

Para ele, caso as manifestações bolsonaristas do Dia da Independência tenham teor violento, é possível que se acenda uma faísca para mais crimes, como o que ocorreu em Foz do Iguaçu (PR). "Eu acho que realmente, se a gente tem um risco, esse risco é o Sete de Setembro", diz. 

Em junho, o presidente disse que as manifestações de setembro apoiarão "um certo candidato" -- fazendo referência a si mesmo. "Querem aproveitar a data para ter uma grande concentração, por exemplo em São Paulo e nas capitais, e também [para dar] apoio a um possível candidato que esteja disputando, e isso está mais do que claro", declarou Bolsonaro.

Em 2021, o chefe do Executivo chamou apoiadores às ruas para o Dia da Independência do Brasil. O evento foi marcado, sobretudo, por protestos contra o Supremo Tribunal Federal (STF). Em discurso, Bolsonaro subiu o tom e chamou o ministro Alexandre de Moraes de "canalha". Disse ainda que "só Deus" o tiraria do poder. 

Em entrevista ao programa Perspectivas, do SBT News, Traumann lembrou do movimento "#EleNão", de 2018, na qual mulheres, sobretudo da esquerda, fizeram campanha contra a eleição de Bolsonaro. "Embora muitas pessoas tenham ido às ruas naquela época, o efeito das manifestações foi visto como intimidante para muitas pessoas, que acabaram decidindo votar en Bolsonaro porque não se sentiram confortáveis com as imagens que viram", diz.

"Eu acho que Bolsonaro corre o risco de o Sete de Setembro ser um '#EleNão ao contrário'", afirma o consultor. "Ou seja, se o Sete de Setembro for pesado demais, intimidador demais, as pessoas que ainda estão indecisas podem acabar votando contra Bolsonaro para evitar que ele possa ter um segundo mandato, com medo de que ele seja mais autoritário e que a democracia saia perdida", pontua. 

Veja a íntegra da entrevista:

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