Covid: alta transmissão pode contribuir para casos de síndrome respiratória
Segundo Instituto Butantan, crianças entre zero e quatro anos estão entre as maiores preocupações
O Instituto Butantan alertou, nesta 5ª feira (9.jun), que o Brasil parece estar entrando em uma nova onda de transmissão de covid-19, que pode levar a um aumento nos registros de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e Síndrome Inflamatória Pediátrica (SIM-P). No fim de maio, o ministério da Saúde contabilizou 166 mil novos casos da doença, aumento de 73% em uma semana.
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Depois de apontar queda até meados de abril, o aumento expressivo de infecções foi impulsionado, principalmente, pelas regiões Sul, Centro-Oeste e Sudeste. Todas elas superaram os mais de 85 mil casos por 100 mil habitantes. Norte e Nordeste registraram, juntos, 32 mil casos por cem mil habitantes.
A alta circulação do vírus SARS-CoV-2 tem tracionado os registros de SRAG. Segundo dados publicados no mais recente boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), também referente à última semana de maio, a covid-19 voltou a ser predominante nos casos com resultado laboratorial positivo para vírus respiratórios, correspondendo a 59,6% dos registros nas últimas quatro semanas.
A principal preocupação, no entanto, corresponde à faixa etária de zero a quatro anos, que ainda não está vacinada contra a covid-19. Apesar de, entre as crianças, a predominância ser do vírus sincicial respiratório (VSR), a presença do SARS-CoV-2 vem aumentando significativamente. Quanto à SIM-P, 36% das notificações ocorreram em crianças entre um e quatro anos.
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Em março, o Instituto Butantan protocolou junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) um novo pedido para o uso da CoronaVac na faixa de três a cinco anos. Documentos com resultados atualizados de imunogenicidade e segurança entre crianças de seis meses a 17 anos foram enviados no início de maio e aguardam aval do órgão regulador.
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