China e Rússia vetam novas sanções da ONU à Coreia do Norte
Países afirmaram que é preciso diálogo entre Estados Unidos e Pyongyang
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China e Rússia vetaram nesta 5ªfeira (27.mai) um projeto liderado pelos Estados Unidos para impor novas sanções contra a Coreia do Norte, após os últimos lançamentos de mísseis balísticos. Na reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas, ambos os países enfatizaram que o que é necessário agora é diálogo.
A votação de 15 membros foi 13-2 e marcou uma primeira divisão séria entre os cinco membros permanentes com poder de veto no órgão mais poderoso da ONU em uma resolução de sanções à Coreia do Norte. Em 2006, todos os países concordaram em impor sanções após a primeira explosão de um teste nuclear do país e as reforçou ao longo dos anos em um total de 10 resoluções, buscando - até agora sem sucesso - conter seus programas nucleares e de mísseis balísticos e cortar o financiamento
Mas China e Rússia disseram ao Conselho de Segurança após a votação que se opõem a mais sanções, enfatizando que o que é necessário agora é um diálogo renovado entre a Coreia do Norte e os Estados Unidos.
O embaixador da China na ONU, Zhang Jun, culpou os Estados Unidos por não retribuir as "iniciativas positivas" da Coreia do Norte durante as conversas com o governo Trump em 2018 e 2019. E afirmou que é responsabilidade dos EUA agora retomar seu diálogo com Pyongyang e encontrar uma solução política para a situação na Península Coreana
"A situação e a península evoluíram para o que são hoje graças principalmente ao fracasso dos EUA em manter os resultados dos diálogos anteriores", disse.
A embaixadora dos EUA, Linda Thomas-Greenfield, expressou desapontamento, mas não surpresa com a votação, chamando os 23 lançamentos de mísseis balísticos da Coreia do Norte este ano, incluindo seis ICBMs (Míssil balístico intercontinental) após uma suspensão de cinco anos, "uma grave ameaça à paz e segurança internacionais".
* Com informações da Associated Press