Mariupol: cerca de 100 civis já foram retirados da siderúrgica Azovstal
Evacuação foi feita por meio de ônibus com apoio da ONU e Cruz Vermelha
Cerca de 100 ucranianos que estavam presos na usina siderúrgica de Azovstal, em Mariupol, foram resgatados na manhã de domingo (1º.mai). O anúncio foi feito pelo presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, que informou a movimentação de dois grupos, com 46 pessoas cada, por meio de corredores humanitários.
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A evacuação dos civis acontece dias após o encontro do secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, com o presidente russo Vladimir Putin e o chefe de Estado ucraniano. Nas reuniões, além de defender o avanço para acordos de cessar-fogo, o diplomata discutiu a importância de implementar passagens seguras pela cidade portuária, agora dominada pelas tropas russas.
Segundo o porta-voz do Escritório da ONU para Coordenação de Assuntos Humanitários, Saviano Abreu, a retirada de mulheres, crianças e idosos foi coordenada por membros da entidade e pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha. Os civis, que estavam há quase dois meses na fábrica de aço, seguiram para a cidade de Zaporizka, onde receberão apoio humanitário, incluindo serviços psicológicos.
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Em pronunciamento, o prefeito de Mariupol, Vadym Boychenko, voltou a acusar Moscou de massacrar civis durante a ocupação da cidade. No total, ele estima que as tropas mataram 20 mil pessoas em dois meses, enquanto mais de 40 mil foram forçadas a deixar a cidade. "É um dos piores genocídios de uma população pacífica da história moderna", frisou.
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