Suécia diz que não vai acolher refugiados ucranianos como fez em 2015
País reafirmou que irá ajudar a Ucrânia, mas sem receber novos imigrantes
A Suécia anunciou que vai ajudar os refugiados ucranianos, mas não pretende receber imigrantes como fez durante o influxo de 2015. A decisão foi anunciada após o chanceler federal da Alemanha, Olaf Scholz, cobrar uma melhor distribuição de refugiados da Ucrânia na Europa.
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"Faremos nossa parte ajudando os refugiados ucranianos, mas não podemos voltar à situação que tínhamos em 2015, quando a Suécia recebeu uma parte desproporcional dos requerentes de asilo", declarou a primeira-ministra suéca Magdalena Andersson, nesta 2ªfeira (28.mar), durante um coletiva de imprensa conjunta, em Berlim, na Alemanha. Segundo Andersson, a Suécia aceitou cerca de 12% do número total de refugiados que chegaram à União Europeia em 2015, apesar de ter apenas 2% da população do bloco.
Scholz lembrou que muitos países europeus prometeram acolher refugiados e é hora de colocar a promessa em prática. "É bom que a Polônia e a Alemanha estejam agindo juntas, mas todos os outros já prometeram (acolher refugiados) agora isso precisa ser colocado em ação", pediu Scholz.
Os ministros do Interior da União Europeia devem se reunir em Bruxelas na 2ªfeira para discutir uma abordagem conjunta para a distribuição de refugiados ucranianos. Até o momento, 3,8 milhões de pessoas já saíram da Ucrânia desde 24 de fevereiro, quando houve a invasão russa.