Putin autoriza convocação de 16 mil soldados voluntários do Oriente Médio
Presidente também autorizou envio de armas ucranianas apreendidas para milícias das regiões separatistas
Durante uma reunião do Conselho de Segurança russo, nesta 6ª feira (11.mar), o presidente Vladmir Putin autorizou a convocação de voluntários de diferentes países para lutar na guerra da Ucrânia. Segundo o ministro da Defesa, Sergei Shoigu, mais de 16 mil pedidos foram feitos, a maioria deles do Oriente Médio.
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"Recebemos um grande número de inscrições de todos os tipos de voluntários de diferentes países que gostariam de vir às Repúblicas Populares de Lugansk e Donetsk para participar do que consideram ser o movimento de libertação. O maior número é dos países do Oriente Médio: já são mais de 16 mil pedidos. E aqui, claro, consideramos correto responder positivamente aos pedidos, principalmente porque esses pedidos não são por dinheiro, mas pelo verdadeiro desejo dessas pessoas. Conhecemos muitos deles, ajudaram na luta contra o ISIS no momento mais difícil, nos últimos dez anos", afirmou Shoigu.
O ministro também solicitou que as armas ucranianas apreendidas pelo exército russo possam ser encaminhadas para as milícias de Lugansk e Donetsk. Em seu discurso, Shoigu criticou a entrega "descontrolada" de armamento para civis ucranianos pelo Ocidente. "Tendo como pano de fundo o fato de que há entregas absolutamente descontroladas de armas, várias armas para a Ucrânia de todos os lados -- na minha opinião, ninguém lá já considera quem, onde, quanto é distribuído -- hoje, temos uma proposta: para garantir uma maior capacidade de combate das milícias do LPR e do DPR, transferir para eles equipamentos de defesa aérea, em particular MANPADS, e sistemas de mísseis antitanque."
As duas solicitações foram atendidas por Putin, que chamou os voluntários do exército ucraniano de "mercenários", ao autorizar o envio de voluntários e armas.
"Quanto ao fornecimento de armas, especialmente as de fabricação ocidental que acabaram nas mãos do exército russo, é claro, apoio a possibilidade de transferi-las para as unidades militares das Repúblicas Populares de Luhansk e Donetsk", disse
Segundo Sergei Shoigu, a "operação militar especial" na Ucrânia, que já perdura por duas semanas, "está indo de acordo com o planejado".