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Moldávia, em situação mais segura que a Ucrânia, teme ser alvo da Rússia

Correspondente do SBT, Sérgio Utsch atualiza as últimas informações da guerra no leste europeu

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Após as tentativas de cessar-fogo e a criação de corredores humanitários na Ucrânia, um número maior de pessoas deve conseguir passar as fronteiras de Kiev e Kharkiv, além de Mariupol ? que está sem água e sem energia elétrica. 

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Segundo o correspondente Sérgio Utsch, o governo ucraniano divulgou uma nota afirmando que as rotas corretas são as que vão para as cidades acertadas com países vizinhos, como a Moldávia. 

Para chegar ao país, o jornalista percorreu pouco mais de 500 km, por quase 11 horas. No caminho, muitas barreiras no lado ucraniano e estradas simples no outro país, com vias em más condições. 

Até o momento, 250 mil ucranianos chegaram à Moldávia. O número inferior ao 1 milhão que chegaram à Polônia ganha uma proporção muito maior, já que o pequeno país "espremido" entre a Ucrânia e a Romênia tem pouco mais de 2,5 milhões de habitantes. 

O espaço aéreo moldaviano está fechado e em estado de emergência. O país vive em tensão, pois pode ser um alvo da Rússia no meio da guerra. "Houve sinais nos últimos dias, inclusive do presidente de Belarus, sinalizou numa reunião que esse país aqui poderia ser o próximo alvo dos russos", explicou Utsch. 

Apesar de estar em um local mais seguro, "a situação não exatamente tranquila", segundo Utsch. Parte da Moldávia é tomada por separatistas apoiados por Moscou há quase 30 anos. Cerca de dois mil soldados russos estão no país, tomando conta de um arsenal estimado em cerca de 22 mil toneladas armas e munições, sendo um dos maiores do Leste Europeu.  

Fontes do governo da Moldávia também temem que os russos ocupem e tomem Odessa, cidade importante do Mar Negro ucraniano. A região está a 150 km da capital Chisinau. "Eles temem que, se Odessa cair, o próximo alvo pode ser a Moldávia", afirmou Utsch. 

As negociações, ainda que tensas, foram marcadas por propostas de mandar os ucranianos de Kiev para Belarus, aliado de primeira hora da Rússia, ou diretamente para o território russo. O governo ucraniano considerou a proposta "imoral". Ainda assim, centenas de pessoas já foram retiradas de algumas regiões, mesmo que a Ucrânia tenha alertado que os russos poderiam interromper a qualquer momento os corredores humanitários. 

O governo de Vladmir Putin exige três pontos principais, segundo Utsch. "Um deles é que a Ucrânia reconheça a Crimeia como território russo. É uma península que fica no sul que foi tomada pelos russos em 2014. A Rússia também quer que a Ucrânia reconheça a região de Donbass, onde forma proclamadas duas repúblicas independentes, que ela reconheça a independência desses territórios", explicou Utsch.  

Em terceiro lugar, os russos querem que os ucranianos se comprometam a nunca fazer parte da aliança da OTAN, liderada pelos Estados Unidos. Há, porém, a dificuldade da Ucrânia reconhecer parte do território como da Rússia, ou os independentes. O governo ucraniano disse que essas questões são "inegociáveis". 

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