Ucrânia diz que resistência foi posta em dúvida por outros países
"Não acreditavam que íamos resistir, só observavam", diz ministro da Relações Exteriores ucraniano
No sexto dia de guerra na Ucrânia, o ministro das Relações Exteriores ucraniano, Dmytro Kuleba, destacou, nesta 3ª feira (1°.mar), que países duvidaram da resistência do país à invasão russa. Ele afirmou que o país ganhou força e apoio internacional após dias de luta e que o "impossível tornou-se possível".
"Eu conheço bem a avaliação dos nossos colegas antes do conflito. Sei como o mundo reagiu nas primeiras 24 horas dessa guerra. Não acreditavam que iríamos resistir, só observavam. Um dos países perguntou por que iria nos ajudar se em quatro horas a Ucrânia seria ocuapada [...] Nós temos a força e o mundo viu isso. O mundo admira isso. Agora, o impossível, tornou-se possível", disse o ministro.
Kuleba destacou que o momento agora é de pressão do governo russo e do presidente da Rússia, Vladimir Putin. "Recebemos palavras de pena e compaixão, mas precisamos de sanções, armas e isolamento da Rússia. A compaixão deixem para depois", destacou. O apoio militar, segundo Kuleba, está vindo de vários países. De munições a caças, a Ucrânia vem recebendo ajuda de nações aliadas, duas citadas foram Noruega e Luxemburgo.
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O ministro destacou ainda que é preciso quebrar a barreira do medo, como a Ucrânia fez, e pediu que os países aliados busquem ultrapassar essa apreensão.
"Todos que temem Moscou, esqueçam o medo e ultrapassem a fronteira psicológica. [...] Por muito tempo, o Putin era um criminoso que todos temiam. Mas, no final das contas, todos queriam colocá-lo em seu devido lugar, mas não tinham coragem ou força suficiente para fazê-lo. A Ucrânia tem essa força e conseguiu ultrapassar essa barreira psicológica e vamos continuar lutando contra o Putin", disse.
O "segundo front" da guerra na Ucrânia é a diplomacia, como enfatizou o ministro Kuleba. "Mundo se uniu e está pressionando a Rússia, sanções pesadas estão sendo impostas. Já há algumas vitórias diplomáticas como o presidente da Ucrânia ter assinado o pedido de adesão a União Europeia e a aprovação de vários países a esse pedido", afirmou o ministro, que torce pela aceitação da solicitação.
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