Fiocruz sinaliza aumento de casos de crise respiratória em 13 Estados
Ocorrências são mais expressivas em crianças, adolescentes e jovens

SBT News
13 das 27 unidades federativas do Brasil apresentam sinal de crescimento na tendência de longo prazo (últimas seis semanas) de casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), sendo 96% das ocorrências relacionadas ao novo coronavírus. Os dados são da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgados na 5ª feira (2.dez), referentes à semana epidemiológica de 21 a 27 de novembro.
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Segundo o Boletim InfoGripe, baseado em informações da vigilância epidemiológica, as regiões que apresentam sinais de crescimento da doença são: Acre, Amazonas, Amapá, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Pará, Rio de Janeiro, Rondônia e São Paulo. Destes, os que mais chamam a atenção são Pará, Ceará e Rio de Janeiro.
No dado nacional, embora se mostre como um crescimento leve, podendo ser compatível com cenário de oscilação em torno de valor estável, a análise por faixa etária indica que se trata de aumento em todas as faixas etárias abaixo de 60 anos. De acordo com o pesquisador Marcelo Gomes, na população com 30 anos ou mais, o crescimento é relativamente pequeno, sendo mais expressivo e presente desde novembro em crianças, adolescentes e jovens adultos, na faixa de 20 a 29 anos.
Já no caso das crianças com idade até 9 anos, os resultados laboratoriais associados aos casos continuam indicando predomínio de vírus sincicial respiratório (VSR), que acompanha a tendência de aumento de SRAG nesta faixa etária. Entre adolescentes de 10 a 19 anos e jovens adultos (20-29 anos), os casos seguem majoritariamente associados à covid-19.
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Conforme a análise, 13 das 27 capitais apresentam sinal de crescimento na tendência de longo prazo, sendo Aracaju, Belo Horizonte, Curitiba, Florianópolis, Fortaleza, Macapá, Manaus, Natal, Porto Velho, Rio de Janeiro, Salvador, São Luís e São Paulo. No entanto, Gomes explicou que, "assim como foi destacado para os Estados, a análise da evolução temporal por faixa etária sugere tratar-se apenas de crescimento leve compatível com oscilação ao redor de patamar estável, de modo geral".
O pesquisador afirmou ainda que em quatro capitais há sinal de queda na tendência de longo prazo: Belém, Campo Grande, Goiânia e Porto Alegre. E outras quatro apresentam sinal de crescimento apenas na tendência de curto prazo (últimas 3 semanas): Plano Piloto e arredores de Brasília, Cuiabá, João Pessoa e Porto Alegre.