Ministério Público desmonta grupo acusado de lotear área de Mata Atlântica
A organização tentava construir um condomínio ilegal em Campo Grande no Rio de Janeiro
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Uma operação do Ministério Público do Rio de Janeiro, com apoio da Polícia Militar, prendeu duas pessoas acusadas de integrar uma organização criminosa apontada como responsável pela invasão e construção ilegal de um condomínio em uma área de Mata Atlântica em Campo Grande, no Rio de Janeiro.
Nesta quinta-feira (02.Dez), foram presos Ricardo Martins Celestino e Carlos Alexandre dos Santos. Segundo o MP, Ricardo é o principal idealizador do loteamento, vendendo e organizando os lotes, além de ser sócio administrador da pessoa jurídica que coordena o loteamento, a Trator Forte Locação de Máquinas Pesadas. Outra empresa aparentemente administrada por ele e a companheira, a AR2 Construções e Reformas em Geral, também foi utilizada pelo grupo para concluir o objetivo de entregar o condomínio pronto aos interessados. As empresas foram denunciadas à Justiça.
Ainda de acordo com a denúncia, Carlos Alexandre é servidor da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária. Em razão do cargo que ocupa, ele conseguia manter as ações da organização sem quaisquer interferências das facções e outros grupos criminosos que atuam na região.
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As investigações revelaram que o grupo liderado por Ricardo Celestino dividiu uma área de Mata Atlântica localizada na Estrada do Mendanha, n° 6.526, em lotes, que eram vendidos a terceiros por intermédio de instrumentos contratuais diversos, notadamente promessas particulares de compra e venda, sem registro prévio no Registro Geral de Imóveis.
A organização criminosa também promoveu a destruição, sem qualquer tipo de licença, de aproximadamente 25.000m² de vegetação secundária, em estágio médio de regeneração, do bioma Mata Atlântica. Ao todo, seis pessoas estão envolvidas nos crimes.