Comandante diz que tiroteio no RJ não aconteceu durante operação sigilosa
Quem mora no bairro de São Conrado, na Zona Sul da cidade do Rio de Janeiro, não vai esquecer os momentos de pânico vividos no sábado, 21. Nas ruas o clima ainda é de pós-guerra. Carros destruídos, cabines perfuradas e o prejuízo de recolocar os vidros estilhaçados pelo tiroteio envolvendo traficantes da favela da Rocinha com PMs.
Segundo a polícia, bandidos, entre eles o chefe do tráfico na Rocinha, Antônio Bonfim Lopes, o Nem, voltavam para a favela em motos e vários carros depois de participarem de uma festa no morro do Vidigal, em São Conrado, e deram de frente com uma patrulha da Polícia Militar. Traficantes numa van atiraram e os policiais reagiram dando início ao confronto. Moradores chegaram a levantar a suspeita de uma operação policial irregular no morro do Vidigal.
A polícia, porém, nega ter infiltrado homens disfarçados no Vidigal, mas admitiu que todos os batalhões receberam o alerta de que haveria bailes funk nas áreas controladas pela mesma facção criminosa que domina a favela da Rocinha. “Todos os batalhões que têm essa facção nas áreas reforçaram o policiamento”, afirma o comandante do 23º Batalhão da PM, tenente-coronel Rogério Luiz Teixeira.