Estudo diz ser melhor vacinar mais gente do que aplicar dose de reforço
A recomendação é que os governantes priorizarem as pessoas que ainda não tomaram a vacina
Em artigo publicado no jornal científico The Lancet, uma equipe internacional de cientistas defende não ser ideal aplicar doses de reforço na população em geral nessa fase da pandemia, devido à eficácia das vacinas na prevenção de quadros graves da doença mesmo para a variante Delta.
O estudo foi conduzido por pesquisadores de instituições como a Universidade de Oxford e a Agência Reguladora de Medicamentos dos Estados Unidos (FDA). Os cientistas analisaram vacinas como as da Astrazenaza, Pfizer e CoronaVac.
Conforme dados da revisão, as vacinas apresentam 95% de eficácia contra formas graves de covid-19, tanto da variante Delta quanto da variante Alfa. Por causa disso, a recomendação é que os governantes priorizem as pessoas que ainda não tomaram a vacina, em vez de aplicar uma terceira dose nesse momento.
"Mesmo que a dose de reforço seja eventualmente associada a uma diminuição de risco de contrair a doença em sua forma grave, os estoques de vacinas atuais poderiam salvar mais vidas se eles fossem utilizados em populações ainda não vacinadas do que usadas como extras em pessoas já vacinadas", diz trecho do artigo.
Alguns países como Brasil, Estados Unidos e Israel já iniciaram o processo de aplicação da terceira dose.