Comissão aprova início dos testes da vacina brasileira ButanVac
Análises serão feitas em humanos. Imunizante é produzido pelo Instituto Butantan e consórcio internacional
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A Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) aprovou, nesta quinta-feira (1), o início dos testes em humanos com a vacina brasileira contra a Covid-19, a ButanVac. Contudo, para que os testes comecem é necessária a aprovação final da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Dividido em três etapas, os testes clínicos com a vacina terão a participação de aproximadamente 6 mil voluntários e serão desenvolvidos pelo Hospital das Clínicas da Universidade São Paulo (USP), em Ribeirão Preto.
Segundo Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan, por já haver outras vacinas contra o coronavírus sendo aplicadas atualmente, o estudo terá caráter comparativo, diferente das pesquisas clássicas com três fases.
A etapa A, já aprovada pela Anvisa, envolverá 418 voluntários, com o objetivo de avaliar a segurança e seleção de dose, isto é, qual a quantidade necessária do imunizante para a vacina definitiva. Nesta fase serão comparadas duas seleções de pessoas, metade delas serão vacinadas com a ButanVac e a outra metade irá receber um placebo.
Já nas etapas sequenciais, B e C, que ainda não receberam autorização da Anvisa, o objetivo será avaliar a resposta imune contra a doença, comparando o desempenho da vacina ButanVac com outros imunizantes que já estão em uso, envolvendo mais de 5 mil pessoas no estudo.
A tecnologia da vacina brasileira utiliza o vírus da Doença de Newcastle, que infecta aves, modificado geneticamente para conter a proteína do coronavírus. Após essa alteração, ele é introduzido em ovos de galinha para se multiplicar.
Essa tecnologia já é conhecida e utilizada para fabricar as vacinas contra a gripe, também produzidas pelo Instituto Butantan.
Atualmente o Brasil já vacinou mais de 100 milhões de pessoas com a primeira dose do imunizante e, dessa parte da população, 27,1 milhões de pessoas já estão completamente vacinadas.