Consórcio Conectar considera decisão da Sputnik V decepcionante
Prefeitos do grupo vão reavaliar as negociações de aquisição de 30 milhões de doses da vacina russa
Em nota divulgada nesta 3ª feira (27.abr), o Consórcio Nacional de Vacinas das Cidades Brasileiras - Conectar - diz que "foi com surpresa e decepção" que acompanharam a decisão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a respeito da importação da vacina russa Sputnik V para o Brasil.
O grupo que reúne prefeitos de várias cidades negociava a aquisição de 30 milhões de doses da vacina russa ao longo deste ano. O consórcio informou que agora "se prepara para reavaliar os termos da negociação contratual à luz dos pontos indicados pela agência reguladora, em busca de uma solução que acelere o calendário de imunização".
O Conectar reúnem mais de 2 mil municípios.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) negou, nesta 2ª feira (26.abr), o pedido de autorização para importação da vacina Sputnik V, imunizante russo contra a covid-19. A diretoria da agência esteve reunida por cinco horas, e considerou de forma unânime que existem incertezas sobre a vacina.
Em entrevista ao jornal Valor Econômico, o CEO do Fundo Soberano Russo, Kirill Dmitriev, qualificou de fake news os argumentos da agência brasileira e disse que não vai mais trabalhar pela venda da vacina para o Brasil. Ontem, no senado, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que o presidente Jair Bolsonaro conversará com o presidente russo Vladimir Putin.