Mortes por covid-19 só devem cair em julho, diz estudo
A pesquisa utiliza dados inéditos sobre a vacinação dos grupos prioritários no Brasil
Publicidade
O estudo realizado pela ONG Impulso Gov, gestora da plataforma CoronaCidades em parceria com o Instituto de Polícias em Saúde (Iesp), mostra o impacto da vacinação na redução de óbitos no Brasil. Caso os 77 milhões de brasileiros que fazem parte dos grupos prioritários sejam vacinados com as duas doses até o final de julho, as mortes diárias por covid-19 devem recuar para abaixo de mil.
Ao todo, foram traçados três cenários diferentes de acordo com a vacinação na população. Segundo João Moraes Abreu, diretor-executivo da Impulso Gov, se o alto nível de circulação do vírus continuar e sem outras medidas além da vacinação, o número de óbitos deve seguir alto. "Mesmo que as pessoas não morram mais de covid-19, o vírus corre solto e aumenta a chance de surgir uma variante que escape das vacinas. Ou seja, não basta só vacinar, a doença tem de parar de circular", disse Abreu.
Já o coordenador de análise de dados do CoronaCidades, Marco Brancher, afirma que o primeiro semestre deve ser marcado pela escassez de doses da vacina no Brasil e que, por conta disso, o cronograma de imunização deve ser mais lento que o previsto pelo Ministério da Saúde. Contudo, a situação deve ser menos crítica no segundo semestre devido a redução da demanda global por imunizantes.
No último cenário, traçado também por Brancher, o grupo prioritário poderia estar totalmente vacinado até maio, mas para isso, seria necessário o auxílio das demais vacinas ainda não autorizadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), como a Covaxin e Sputnil.
Segundo o estudo, a pior hipótese seria a vacinação dos prioritários se estender até novembro. Isso aconteceria caso a quantidade de doses que estariam disponíveis no segundo semestre fossem subestimadas, já que é a partir deste período que a Fiocruz espera iniciar a produção 100% nacional, sem o Insumo Farmacêutico Ativo (IFA) importado.
Para chegar aos resultados, a pesquisa combinou 12 bases públicas de dados com números do Ministério da Saúde, por meio da Lei de Acesso à Informação, para projetar a resposta da vacinação a partir da média móvel de 2,4 óbitos diários.
Ao todo, foram traçados três cenários diferentes de acordo com a vacinação na população. Segundo João Moraes Abreu, diretor-executivo da Impulso Gov, se o alto nível de circulação do vírus continuar e sem outras medidas além da vacinação, o número de óbitos deve seguir alto. "Mesmo que as pessoas não morram mais de covid-19, o vírus corre solto e aumenta a chance de surgir uma variante que escape das vacinas. Ou seja, não basta só vacinar, a doença tem de parar de circular", disse Abreu.
Já o coordenador de análise de dados do CoronaCidades, Marco Brancher, afirma que o primeiro semestre deve ser marcado pela escassez de doses da vacina no Brasil e que, por conta disso, o cronograma de imunização deve ser mais lento que o previsto pelo Ministério da Saúde. Contudo, a situação deve ser menos crítica no segundo semestre devido a redução da demanda global por imunizantes.
No último cenário, traçado também por Brancher, o grupo prioritário poderia estar totalmente vacinado até maio, mas para isso, seria necessário o auxílio das demais vacinas ainda não autorizadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), como a Covaxin e Sputnil.
Segundo o estudo, a pior hipótese seria a vacinação dos prioritários se estender até novembro. Isso aconteceria caso a quantidade de doses que estariam disponíveis no segundo semestre fossem subestimadas, já que é a partir deste período que a Fiocruz espera iniciar a produção 100% nacional, sem o Insumo Farmacêutico Ativo (IFA) importado.
Para chegar aos resultados, a pesquisa combinou 12 bases públicas de dados com números do Ministério da Saúde, por meio da Lei de Acesso à Informação, para projetar a resposta da vacinação a partir da média móvel de 2,4 óbitos diários.
Publicidade