Governo de Rondônia omitiu informações sobre lotação de leitos de UTI, diz MP
Investigação acusa governo de falsidade ideológica e improbidade administrativa
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O governo de Rondônia é acusado pelo Ministério Público do estado de ter omitido dados que apontavam para a lotação dos leitos de UTI nos hospitais públicos na tentativa de flexibilizar medidas restritivas de isolamento social. A ocupação de leitos de UTI é um dos critérios mais importantes para a tomada de decisão dos governantes.
De acordo com inquérito aberto pelo promotor Geraldo Henrique Ramos Guimarães, "os dados inverídicos" foram usados no início deste ano para regredir o isolamento social na capital Porto Velho da fase 3 para a 2, enquanto que, "se utilizassem os dados reais deveriam ter regredido diretamente para a fase 1, que é a mais restritiva", disse o promotor no inquérito.
As investigações apontaram que, no dia 6 de janeiro, dia em que houve flexibilização das regras de isolamento, o relatório produzido diariamente pela Sala de Situação Integrada do Sistema de Comando de Incidentes - Covid-19 apontou que havia 44 leitos de UTI disponíveis, e a taxa de ocupação era de 67,5%. Dois dias depois, o mesmo relatório informou a disponibilidade de 20 leitos de UTI. "Isso somente ocorreu porque inseriram, indevidamente, 30 leitos que nunca estiveram realmente disponíveis por falta de médicos", disse o promotor no documento em que acusa o governo de falsidade ideológica e improbidade administrativa.
Rondônia é mais um estado que está a beira do colapso no sistema público de saúde e corre risco de registrar situação parecida de Manaus, que registrou mortes por sufocamente por falta de suprimento de oxigênio. O estado pediu ajuda ao Ministério da Saúde para remover pacientes graves para serem tratados em outros estados por falta de leitos.
A gestão do governador de Rondônia, o coronel Marcos Rocha (PSL), afirmou em nota que acredita que a situação "tenha sido uma falha de interpretação por falta de conhecimento técnico-científico, gerando uma ação precipitada e isolada de um único membro do Ministério Público do Estado". "Não é justo que os profissionais abnegados, como os técnicos que atuam há meses incessantemente nos estudos que subsidiam, de forma unicamente técnica, as tomadas de decisões ao enfrentamento à pandemia causada pela Covid-19, sejam taxados de fraudadores", continuou a nota oficial.
A administração também informou que os dados de ocupação dos leitos de UTI não interferem nos índices de classificação de isolamento social na capital Porto Velho, baseada na média móvel calculada a cada sete dias. "O número de leitos vagos, bloqueados e ocupados, com dados extraídos em horários predefinidos, retratam a realidade e a dinâmica do momento de sua expedição e podem variar durante o mesmo dia e até hora de acordo com a internação, alta e óbito de pacientes", informou o governo estadual.
De acordo com inquérito aberto pelo promotor Geraldo Henrique Ramos Guimarães, "os dados inverídicos" foram usados no início deste ano para regredir o isolamento social na capital Porto Velho da fase 3 para a 2, enquanto que, "se utilizassem os dados reais deveriam ter regredido diretamente para a fase 1, que é a mais restritiva", disse o promotor no inquérito.
As investigações apontaram que, no dia 6 de janeiro, dia em que houve flexibilização das regras de isolamento, o relatório produzido diariamente pela Sala de Situação Integrada do Sistema de Comando de Incidentes - Covid-19 apontou que havia 44 leitos de UTI disponíveis, e a taxa de ocupação era de 67,5%. Dois dias depois, o mesmo relatório informou a disponibilidade de 20 leitos de UTI. "Isso somente ocorreu porque inseriram, indevidamente, 30 leitos que nunca estiveram realmente disponíveis por falta de médicos", disse o promotor no documento em que acusa o governo de falsidade ideológica e improbidade administrativa.
Rondônia é mais um estado que está a beira do colapso no sistema público de saúde e corre risco de registrar situação parecida de Manaus, que registrou mortes por sufocamente por falta de suprimento de oxigênio. O estado pediu ajuda ao Ministério da Saúde para remover pacientes graves para serem tratados em outros estados por falta de leitos.
A gestão do governador de Rondônia, o coronel Marcos Rocha (PSL), afirmou em nota que acredita que a situação "tenha sido uma falha de interpretação por falta de conhecimento técnico-científico, gerando uma ação precipitada e isolada de um único membro do Ministério Público do Estado". "Não é justo que os profissionais abnegados, como os técnicos que atuam há meses incessantemente nos estudos que subsidiam, de forma unicamente técnica, as tomadas de decisões ao enfrentamento à pandemia causada pela Covid-19, sejam taxados de fraudadores", continuou a nota oficial.
A administração também informou que os dados de ocupação dos leitos de UTI não interferem nos índices de classificação de isolamento social na capital Porto Velho, baseada na média móvel calculada a cada sete dias. "O número de leitos vagos, bloqueados e ocupados, com dados extraídos em horários predefinidos, retratam a realidade e a dinâmica do momento de sua expedição e podem variar durante o mesmo dia e até hora de acordo com a internação, alta e óbito de pacientes", informou o governo estadual.
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