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Prefeitura de SP adia volta às aulas presenciais para novembro

Apenas atividades de reforço estão liberadas nas escolas e universidades a partir do dia 7 de outubro

Prefeitura de SP adia volta às aulas presenciais para novembro
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Retorno definitivo das aulas presenciais nas redes públicas e particular de ensino vai depender da reavaliação da Vigilância Sanitária que será feita durante o mês outubro. Foto: Reprodução Prefeitura de São Paulo/YouTube

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), adiou mais uma vez a volta das aulas presenciais na capital paulista. Durante a divulgação dos resultados do inquérito sorológico feito com estudantes das redes públicas e particular de ensino, o prefeito anunciou que as escolas só terão aulas presenciais, a partir do dia 7 de outubro, para atividades extra-curriculares. Ou seja, idiomas, esportes e recreação. "É uma forma de ir verificando, modulando como isso vai acontecer para que a cidade de São Paulo não tenha que retroceder", disse Bruno Covas, referindo-se às fases da quarentena do Plano São Paulo. Apenas as universidades poderão retomar as aulas presenciais no próximo mês.

A volta às aulas, de fato, vai ser reavaliada durante o mês de outubro. Se for autorizada pela Vigilância Sanitária Municipal, acontecerá no dia 3 de novembro. A decisão da prefeitura contraria a orientação do Governo do Estado, que defende o retorno das aulas a partir de outrubro, de forma gradual. A reabertura das escolas conta com a aprovação dos médicos do Comitê de Contingência do Coronavírus. Mesmo assim, Bruno Covas disse que isso colocaria alunos e funcionários em risco. A decisão final cabe às prefeituras. Além das aulas extra-curriculares em outubro, a Prefeitura vai oferecer aos alunos da rede municipal atendimento psicológico e de acolhimento. Os estudantes serão encaminhados pelas escolas aos CCA's (Centros para Crianças e Adolescentes), que serão reabertos no dia 7 de outubro.

O inquérito sorológico feito com estudantes mostrou que a prevalência de infecção nos alunos da rede privada é de 9,7%. Muito menor do que nos alunos das redes públicas municipal (18,4%) e estadual (17,2%). Por outro lado, a Vigilância Sanitária afirma que os alunos das escolas particulares são os que mais correm risco de contaminação na volta das aulas presenciais. Outro dado preocupante é que 66% dos estudantes da capital que tiveram contato com o virus, foram assintomáticos. Os médicos da Prefeitura dizem que os alunos seriam "transmissores silenciosos" e que isso colocaria em dúvida a eficiência das medidas de prevenção. "Na rede privada, se temos 100 crianças somente 10 foram contaminadas e destas 7 são assintomáticas, o retorno da escola poderia ocasionar maior contaminação, delas e dos familiares", diz o relatório.

Testes em adultos

A quinta fase do inquérito sorológico dos adultos divulgada hoje mostra que houve aumento de contaminação pelo novo coronavírus nas zonas norte e leste e, principalmente, no centro expandido. Nesse caso, a incidência dobrou: de 5,2% para 10,3% dessa população. Também houve um aumento da contaminação nas classes A e B. As regiões de maior idh (índice de desenvolvimento humano) tiveram um aumento de 53% de contaminados. Essa é uma das principais mudanças na quinta fase dos testes feitos com pessoas acima de 18 anos. Mesmo assim, os mais infectados pelo novo coronavírus são das classes mais pobres e, principalmente, de pessoas pretas e pardas. "A doença trouxe luz às diferenças sociais da cidade", disse Bruno Covas. "Esse aumento nas classes a/b e na região centro oeste acende uma luz amarela em relação à disseminação do vírus", completou.
 
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