Covid-19: Anvisa libera mais de 5 mil voluntários para testar vacina britânica

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a ampliação de 5 mil voluntários no estudo da vacina de Oxford no Brasil. O anúncio foi feito nesta terça-feira (15). Com a aprovação da agência, o país terá 10 mil participantes na útima etapa de desenvolvimento do imunizante.

Segundo dados da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), o recrutamento e aplicação da vacina acontecerá em Natal (RN), pelo Centro de Pesquisas Clínicas de Natal (CPCLIN), em Porto Alegre (RS), pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e em Santa Maria, também no RS, pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).

Para participar dos testes, é preciso ser adulto acima de 18 anos, que seja profissional da saúde atuante diretamente na linha de frente ao combate do coronavírus ou trabalhador com funções de alta exposição como seguranças de hospitais, motoristas de ambulância e agentes de limpeza desses locais. A novidade do recrutamento é que não há mais limite de idade.

"Nessa etapa, podem entrar no estudo idosos, pessoas acima dos 60 anos que façam parte do perfil acima descrito. Isso é extremamente importante, porque incluímos nessa fase, indivíduos que sabidamente têm risco mais elevado de complicações à Covid-19 e, assim, o estudo pode refletir ainda mais a realidade. Isso, além de ampliarmos bastante o número de participantes, o que dará ainda mais robustez na análise de dados relacionados à segurança e eficácia da vacina", destaca a professora Lily Weckx, coordenadora do estudo da vacina britânica no Brasil.

Agora com autorização da Anvisa, os centros já podem iniciar o processo de convocação dos novos 5 mil voluntários. Como já ocorre, todos receberão duas doses do antivírus e serão devidamente acompanhados pelos pesquisadores.