Presidente de Mali renuncia após ser preso por militares
Soldados amotinados prometeram organizar eleições democráticas para nomear novo líder para Mali após pressão internacional
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O presidente de Mali, Ibrahim Boubacar Keita, anunciou a renúncia ao cargo em mensagem transmitida pela televisão estatal nesta terça-feira (18). A saída ocorreu horas depois que ele e o primeiro-ministro foram detidos por soldados.
Os eventos ocorreram após vários meses de manifestações exigindo que Keita deixasse antes do final do mandato. Os militares prometeram organizar novas eleições.
Na mensagem, transmitida pelo Gabinete de Rádio e Televisão do Mali pouco antes da meia-noite, o presidente, usando máscara por conta da pandemia do Covid-19, disse que a renúncia teve efeito imediato. Um banner na parte inferior da tela se referia a ele como "presidente cessante".
"Não quero que sangue seja derramado para me manter no poder. Eu decidi deixar o cargo", disse.
Ele ainda anunciou a dissolução do governo e da Assembleia Nacional, o que pode repercutir na crise enfrentada pelo país em meio a uma insurgência islâmica e a pandemia do novo coronavírus.
Não houve comentários imediatos das tropas, que vieram do mesmo quartel militar em Kati, onde outro golpe se originou há mais de oito anos.
Em um comunicado divulgado pela televisão estatal, os amotinados responsáveis pelo golpe, se identificaram como o Comitê Nacional para a Salvação do Povo.
O grupo, liderado pelo major Coronel Ismael Wagué, ainda anunciou o fechamento das fronteiras e a imposição do toque de recolher entre 21h às 17h.
Missão de paz
O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) marcou uma reunião a portas fechadas para discutir a situação no Mali, onde mantém uma missão de paz com 15.600 soldados.
A Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), bloco econômico que agrupa as nações da África Ocidental, enviou mediadores para tentar negociar um governo de unidade, mas o diálogo fracassou quando ficou claro que os manifestantes aceitariam nada menos do que a renúncia de Keita.
Keita, eleito democraticamente em 2013 e reeleito cinco anos depois, ainda tinha mais três anos de mandato. Ele não teve outra opção depois que, horas antes, soldados rebeldes pegaram em armas de um arsenal localizado na cidade de Kati e marcharam em direção à capital, Bamako.
Os eventos ocorreram após vários meses de manifestações exigindo que Keita deixasse antes do final do mandato. Os militares prometeram organizar novas eleições.
Na mensagem, transmitida pelo Gabinete de Rádio e Televisão do Mali pouco antes da meia-noite, o presidente, usando máscara por conta da pandemia do Covid-19, disse que a renúncia teve efeito imediato. Um banner na parte inferior da tela se referia a ele como "presidente cessante".
"Não quero que sangue seja derramado para me manter no poder. Eu decidi deixar o cargo", disse.
Ele ainda anunciou a dissolução do governo e da Assembleia Nacional, o que pode repercutir na crise enfrentada pelo país em meio a uma insurgência islâmica e a pandemia do novo coronavírus.
Não houve comentários imediatos das tropas, que vieram do mesmo quartel militar em Kati, onde outro golpe se originou há mais de oito anos.
Em um comunicado divulgado pela televisão estatal, os amotinados responsáveis pelo golpe, se identificaram como o Comitê Nacional para a Salvação do Povo.
O grupo, liderado pelo major Coronel Ismael Wagué, ainda anunciou o fechamento das fronteiras e a imposição do toque de recolher entre 21h às 17h.
Missão de paz
O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) marcou uma reunião a portas fechadas para discutir a situação no Mali, onde mantém uma missão de paz com 15.600 soldados.
A Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), bloco econômico que agrupa as nações da África Ocidental, enviou mediadores para tentar negociar um governo de unidade, mas o diálogo fracassou quando ficou claro que os manifestantes aceitariam nada menos do que a renúncia de Keita.
Keita, eleito democraticamente em 2013 e reeleito cinco anos depois, ainda tinha mais três anos de mandato. Ele não teve outra opção depois que, horas antes, soldados rebeldes pegaram em armas de um arsenal localizado na cidade de Kati e marcharam em direção à capital, Bamako.
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