Defesa diz que "boné suspeito" motivou agressão a jovem em shopping do Rio
Em depoimento à polícia, nesta segunda-feira (10), os policiais militares negaram que a abordagem tenha sido motivada por racismo
![Defesa diz que "boné suspeito" motivou agressão a jovem em shopping do Rio](/_next/image?url=https%3A%2F%2Fsbt-news-assets-prod.s3.sa-east-1.amazonaws.com%2FDefesa_diz_d3258803a4.jpg&w=1920&q=90)
Publicidade
A Polícia do Rio de Janeiro ouviu, nesta segunda-feira (10), os depoimentos dos dois policiais militares investigados pela agressão a um jovem dentro de um shopping da Ilha do Governador, na zona norte da cidade.
Na última quinta-feira (06), o entregador Matheus Fernandes, de 18 anos, foi a uma loja para trocar um relógio, comprado como presente do dia dos pais, quando foi imobilizado e espancado por dois homens dentro do estabelecimento. A ação foi gravada por outros clientes, que tentavam impedir as agressões.
Segundo o delegado responsável pelo caso, não há dúvidas de que houve abuso de autoridade. Aos investigadores, os PMs negaram que a abordagem tenha sido motivada por racismo e alegaram que um boné usado pelo rapaz teria levantado suspeita.
"Primeiro, o boné que o Matheus utilizava, fazia referência ao elemento, que fazia parte do tráfico do Morro do Dendê, já falecido. Segundo que o Matheus passou encarando os policiais, assim disseram os policiais, em suas declarações. A abordagem foi uma abordagem inadequada, truculenta. Houve ali um erro de avaliação. Eles responderão penalmente por isso", declarou o delegado Marcus Henrique Oliveira.
Matheus também voltou a ser ouvido nesta segunda-feira. O rapaz afirmou que achou o boné na rua e que não não sabia o significado do que estava escrito. "Não sabia. Até porque só estava escrito: `Para sempre serão lembrados`. Não tinha nenhuma referência ao tráfico. Eu encontrei na rua. Estava andando, ai eu peguei, estava novo o boné", justificou o entregador.
Os dois policiais militares trabalhavam, de forma terceirizada, como seguranças do shopping. Diego é soldado do Batalhão de Choque da Polícia Militar do Rio de Janeiro. Já o sargento Gabriel era lotado no Programa Segurança Presente, que afastou o agente.
A Polícia Miliar está acompanhando o caso e abriu uma investigação interna, mas ainda não afastou nenhum dos oficiais. O shopping Ilha Plaza rompeu com a empresa terceirizada responsável pela segurança do local.
Na última quinta-feira (06), o entregador Matheus Fernandes, de 18 anos, foi a uma loja para trocar um relógio, comprado como presente do dia dos pais, quando foi imobilizado e espancado por dois homens dentro do estabelecimento. A ação foi gravada por outros clientes, que tentavam impedir as agressões.
Segundo o delegado responsável pelo caso, não há dúvidas de que houve abuso de autoridade. Aos investigadores, os PMs negaram que a abordagem tenha sido motivada por racismo e alegaram que um boné usado pelo rapaz teria levantado suspeita.
"Primeiro, o boné que o Matheus utilizava, fazia referência ao elemento, que fazia parte do tráfico do Morro do Dendê, já falecido. Segundo que o Matheus passou encarando os policiais, assim disseram os policiais, em suas declarações. A abordagem foi uma abordagem inadequada, truculenta. Houve ali um erro de avaliação. Eles responderão penalmente por isso", declarou o delegado Marcus Henrique Oliveira.
Matheus também voltou a ser ouvido nesta segunda-feira. O rapaz afirmou que achou o boné na rua e que não não sabia o significado do que estava escrito. "Não sabia. Até porque só estava escrito: `Para sempre serão lembrados`. Não tinha nenhuma referência ao tráfico. Eu encontrei na rua. Estava andando, ai eu peguei, estava novo o boné", justificou o entregador.
Os dois policiais militares trabalhavam, de forma terceirizada, como seguranças do shopping. Diego é soldado do Batalhão de Choque da Polícia Militar do Rio de Janeiro. Já o sargento Gabriel era lotado no Programa Segurança Presente, que afastou o agente.
A Polícia Miliar está acompanhando o caso e abriu uma investigação interna, mas ainda não afastou nenhum dos oficiais. O shopping Ilha Plaza rompeu com a empresa terceirizada responsável pela segurança do local.
Publicidade