Dirigente italiano compara racismo com falta em jogo de futebol
Giovanni Malagò, que preside o Comitê Olímpico Italiano, soltou declaração infeliz durante entrevista no rádio
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Não é de hoje que o esporte luta para acabar definitivamente com os inaceitáveis episódios de racismo. No futebol italiano, infelizmente, esses registros têm sido frequentes, chamando a atenção das autoridades. Quem se manifestou sobre o tema foi o presidente do Comitê Olímpico Italiano, Giovanni Malagò que acabou piorando a situação, durante entrevista a uma rádio local.
"Cada um dos componentes do mundo do futebol deve dar um salto de nível. Não é uma frase salomônica, mas é necessário envolver mais gente, a partir de dirigentes e jogadores de futebol. Pegue aqueles que fingem sofrer uma falta. Isso é uma coisa gravíssima, que exemplo se dá? Erra quem vaia um jogador negro, mas erra ainda mais quem ganha 3 milhões de euros e se joga na área, talvez até feliz em conseguir o pênalti se o árbitro não for checar que não foi no VAR", tentou explicar.
Uma tremenda saia justa no momento em que as autoridades do país se posicionam duramente contrárias a qualquer ato racista, como o Ministro do Esporte, Vincenzo Spadafora, que, em declaração ao El Pais, falou em assumir responsabilidades.
"Chegou o momento que cada um deve assumir sua responsabilidade: instituições, políticos, federações e torcedores", garantiu.
Giovanni Malagò tentou contemporizar a própria declaração, mas acabou assumindo que a Itália, historicamente, tolera ocorrências racistas.
"Na Itália, existe permissividade, uma certa tolerância, com aqueles que uivam ou jogam uma banana", finalizou.
Giovanni Malagò, presidente do Comitê Olímpico Italiano - Reprodução/Instagram