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Queimadas na Amazônia são principal assunto na reunião do G7

As queimadas na Floresta Amazônica são um dos principais temas discutidos na reunião. Atos foram realizados em diversas cidades da França

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Queimadas na Amazônia são principal assunto na reunião do G7
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Começou, neste sábado (24), em Biarritz, na França, o encontro do G-7, grupo que reúne os líderes das maiores potências econômicas do mundo. Além do governo francês - que sedia o evento -, Reino Unido, Alemanha, Itália, Japão, Canadá e Estados Unidos também compareceram ao encontro.

É um clube fechado, onde só entra quem for convidado. Este ano, o privilégio foi concedido a apenas um presidente latino, Sebastian Piñera, do Chile.

O encontro tinha uma série de assuntos pré-agendados, como a guerra comercial e as tensões no Irã. Isso, até o presidente francês, Emmanuel Macron, dar outro direcionamento e colocar a Amazônia no centro da agenda.

Por isso, neste sábado, a pressão internacional sobre o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, foi destaque em alguns dos principais jornais europeus: o 'La Republica', da Itália, e o 'Le Monde', da França, falam em "o mundo contra Bolsonaro". 

Além disso, na Europa, a guerra de narrativas parece já ter sido decidida. Além da França, Alemanha e Reino Unido engrossaram as críticas - além do Canadá. 

Agora, se a imagem do Brasil já sofreu estragos, o próximo problema pode ser na economia do país. "É difícil imaginar que o processo de ratificação do acordo com o Mercosul será harmonioso se o governo brasileiro permitir a destruição dos pulmões verdes do planeta", declarou Donald Tusk, presidente da Comissão Europeia que, segundo ele, está pronta para oferecer ajuda financeira para o combate ao fogo.

Ainda que líderes com Angela Merkel, da Alemanha, considerem que qualquer punição ao Brasil não pode ameaçar o acordo comercial, basta a recusa de um dos países envolvidos para barrar todo o processo. E, nesse jogo político, Emmanuel Macron é o dono da bola.

Em pronunciamento, neste sábado, Macron lembrou que a França está mais preocupada do que outros países porque também tem uma parte da Amazônia - referindo-se ao território da Guiana Francesa. Mais cedo, ele já havia almoçado com Donald Trump, que, nesta sexta-feira (23), se solidarizou com o governo brasileiro.

Se a preocupação com a Floresta Amazônica é de todos, não está claro ainda como a crise da Amazônia culminaria em uma grande unidade internacional, como quer o presidente francês. Não há consenso nem mesmo entre os europeus, que têm sido os mais críticos ao governo brasileiro. 

As discussões em Biarritz começam, oficialmente, neste domingo (25), em momento de grande pressão para a diplomacia brasileira: a Amazônia na pauta e o Brasil fora da mesa de discussões.

Na sexta-feira (23), em um pronunciamento em rede nacional, Jair Bolsonaro rebateu as críticas internacionais em relação às políticas públicas de preservação da Amazônia e alegou que os incêndios acontecem em diversos locais do mundo e que, por isso, a incidência no Brasil não deve "servir de pretexto para sanções internacionais".

 

 

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