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Ministérios divulgam medidas para combater incêndios na Amazônia

Seis estados pediram ajuda federal e os governadores querem uma reunião de urgência com o presidente Jair Bolsonaro

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Ministérios divulgam medidas para combater incêndios na Amazônia
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Este sábado (24), em Brasília, foi de reuniões entre equipes dos Ministérios da Defesa e do Meio Ambiente, e de anúncios de medidas para o combate aos incêndios na floresta amazônica. Ainda durante a tarde, uma força-tarefa começou a atuar nas regiões.

Além disso, os governadores de seis estados já pediram ajuda federal para combater as chamas: Rondônia, Roraima, Pará, Tocantins, Acre e Mato Grosso.

Bombeiros do Distrito Federal deixam Brasília rumo à Porto Velho para dar apoio às ações. Duas aeronaves da FAB já estão em Rondônia para combater os focos de incêndio. As atividades são coordenadas da capital, em um centro de operações montado para funcionar vinte e quatro horas por dia, no Ministério da Defesa. O IBAMA, o ICMBIO e as Forças Armadas também participam do monitoramento. 

O Ministério do Meio Ambiente ainda negou que tenha havido demora para combater os focos de incêndio. "As queimadas ocorrem justamente agora, no período seco, questão de 30 dias para trás. Foi nesse momento quente e seco que se iniciaram as queimadas (em maior volume). Portanto, a resposta dada às queimadas foi absolutamente tempestiva", alegou o ministro da pasta, Ricardo Salles.

A equipe também aguarda a liberação de cerca de vinte e oito milhões de reais para financiar as ações. Neste caso, o valor se refere a recursos do próprio Ministério da Defesa, que foram bloqueados pelo Governo. "Está combinado... eu estou em uma fase que eu só acredito quando eu abrir o cofre e ver... Está combinado com o Paulo Guedes", declarou o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva.

Ainda neste sábado, na saída do Palácio do Planalto, o presidente Jair Bolsonaro reforçou que a situação está sob controle e disse que os índices de incêndios são menores, agora, do que nos últimos anos. "A média das queimadas está abaixo dos últimos anos e está indo para a normalidade. Agora, a floresta não está pegando fogo, como o pessoal está dizendo. Fogo, é onde o pessoal desmata", afirmou.

No entanto, nesta sexta-feira (23), durante o pronunciamento em rede nacional, Bolsonaro havia reconhecido a gravidade do problema, e disse ainda que o Governo aplicará uma política de "tolerância zero" contra crimes ambientais.

"Somos um governo de tolerância zero com a criminalidade, e na área ambiental não será diferente. Por essa razão, oferecemos ajuda a todos os estados da Amazônia Legal. Com relação àqueles que a aceitarem, autorizarei operação de garantia da lei e da ordem", disse Jair Bolsonaro na gravação.

O presidente ainda havia reforçado o emprego dos militares no combate as chamas. "O emprego extensivo de pessoal e equipamentos das forças armadas auxiliares e outras agências permitirão não apenas combater as atividades ilegais como também conter o avanço de queimadas na região". 

Um levantamento feito pela BBC Brasil revelou que o IBAMA aplicou um terço a menos de multas a infratores ambientais em 2019. A comparação com o mesmo período do ano passado mostra queda de 29,4% na fiscalização.

Na próxima semana, o ministro da Justiça, Sérgio Moro, deve publicar uma portaria que autoriza o emprego da Força Nacional também no combate ao desmatamento ilegal da Floresta Amazônica.

 

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