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Operação Lava Jato prende procurador no Rio de Janeiro

Renan Saad é suspeito de ter recebido mais de um milhão de reais em propina da construtora Odebrecht, entre 2010 e 2012

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Operação Lava Jato prende procurador no Rio de Janeiro
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O procurador do Estado do Rio de Janeiro, Renan Saad, foi preso nesta segunda-feira (01) em um novo desdobramento da Operação Lava Jato. 

Renan Saad foi preso em casa, na zona sul do Rio, e levado para a sede da Polícia Federal. Os agentes também fizeram buscas no escritório de advocacia dele.

O procurador é suspeito de ter recebido um milhão e duzentos mil reais da construtora Odebrecht entre 2010 e 2012, quando trabalhava como assessor jurídico na Secretaria Estadual de Transportes. 

Para isso, Saad autorizou a mudança de traçado na linha quatro do metrô, que liga as zonas sul e oeste da cidade - o que deixou a obra onze vezes mais cara, passando dos oitocentos e oitenta milhões iniciais para quase dez bilhões de reais. 

Uma das maneiras de justificar o aumento nos gastos foi a aquisição de uma máquina de perfuração, conhecida como tatuzão. 

"De todas as obras que a Lava Jato investigou até agora no Rio, a construção da linha quatro do metrô foi a que causou o maior prejuízo para os cofres do estado. Foram quase duzentos milhões de reais em propinas", explicou o procurador do Ministério Público Federal, Sérgio Pinel. 

Só o ex-governador Sérgio Cabral embolsou cinquenta e oito milhões de reais, segundo a investigação. Em fevereiro, ele admitiu ter recebido propina em várias obras no estado. 

Já a Odebrecht informou que tem colaborado com as autoridades para esclarecer os fatos. 

Os advogados de Renan Saad, por sua vez, afirmam que o procurador não praticou nenhuma ilegalidade, e que as investigações irão demonstrar isso. 

 

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