Após escândalo de corrupção, manifestantes pedem renúncia de presidente haitiano
Crise política no país é a mais grave desde o encerramento da Missão de Paz liderada pelo Brasil
No Haiti, protestos contra crimes de corrupção envolvendo o presidente Jovenel Moise, já duram onze dias e registram sete mortes, sendo a mais grave no país desde o encerramento da Missão de Paz da ONU (Organização das Nações Unidas), liderada pelo Brasil há mais de um ano.
Grupos armados tomaram as ruas das principais cidades haitianas, impedindo a distribuição de alimentos, combustível, água potável e medicamentos. Na capital, Porto Príncipe, o dia foi marcado por lojas saqueadas e confronto com a polícia.
O presidente Jovenel Moise é acusado de envolvimento num escândalo de corrupção nos fundos do Programa de Fornecimento de Petróleo “PETROCARIBE”. O Governo do Haiti anunciou que vai aprofundar as investigações e informou corte de gastos.
Moise diz que não vai renunciar e deixar o país nas mãos de grupos armados e traficantes de drogas. Segundo ele, há um plano para matá-lo e que gangues estão usando ex-presidiários nos ataques.
A ONU afirma que a situação no país está sendo monitorada e que nenhuma nova intervenção foi oficialmente anunciada.