Novo avião presidencial? Comandante da Aeronáutica defende troca de aeronave
Posição veio após problema técnico que fez com que avião ficasse voando em círculos por mais de 4 horas no México
A possível troca do avião presidencial tem ganhado força em Brasília. Dois dias após o problema técnico que impediu o retorno do presidente Lula (PT) e da comitiva que foi ao México – e criou uma viagem em círculos por mais de 4 horas – o Comandante da Aeronáutica, o tenente-brigadeiro Marcelo Damasceno, defendeu a compra de uma nova aeronave.
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“Pessoalmente eu defendo [a troca]. Esse avião completa, agora dia 5 de janeiro, 20 anos. Era comandante de esquadrão quando recebi o avião. O avião é muito seguro, mas, além disso, ele tem uma autonomia que nos atende em parte. Lógico que um país como o nosso, uma potência mundial, entre as dez economias do mundo, deve ter um avião maior com mais autonomia, mais espaço”, defendeu.
Conforme apurou o SBT News, Lula informou aos que estavam dentro do avião que pediria análises da causa do acidente e de respostas à equipe presidencial. Outras figuras políticas também defenderam a troca da aeronave.
Entre os pontos que devem estar na lista do novo avião está a possibilidade de queima de mais combustível ou de se livrar de quantidades desnecessárias para que o pouso possa acontecer.
Atualmente, a aeronave presidencial não tem o mecanismo que permiti essa remoção. Esse foi o motivo das 50 voltas no ar antes do pouso no México na última quinta-feira: a necessidade de deixar o avião mais leve para poder descer com segurança.
“Nossos avião não tem alijamento de combustível. Você tem que voar para queimar combustível em área segura. Então isso é um item também do nosso checklist [do novo avião]", declarou.
Damasceno também disse que as investigações ainda apuram a causa da falha. A possibilidade de que um pássaro tenha entrado e bloqueado a turbina ainda é cotada.
“Nós não descartamos a hipótese de ter ocorrido uma ingestão de pássaro, a aeronave tinha acabado de recolher o trem de pouso. É uma altitude que normalmente possa-se ter ingestão de pássaro, mas não temos nenhuma indicação. Não há sangue, não há pena, não há nada que tenha sido identificado. Mas ao abrir o motor, pode ser.”