Conflito Venezuela X Guiana: com blindados na fronteira, governo brasileiro quer apenas dar recado
Planalto acredita que o atual conflito não deve escalar a ponto de se transformar numa guerra, que envolve logística mais ampla
Leonardo Cavalcanti
O envio de 20 blindados para a Roraima foi negociado entre o núcleo duro do Planalto e o Ministério da Defesa para dar um recado: o Brasil observa o conflito entre Venezuela e Guiana pela região de Essequibo. Mas isso não significa que acredite numa escalada militar na região.
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Entenda o caso: no último domingo (3.dez), eleitores venezuelanos foram às urnas e decidiram pela redefinição da fronteira do país com a Guiana. A região em disputa tem 160 quilômetros quadrados, considerada rica em pedras preciosas.
O que o SBT descobriu: o governo brasileiro acompanha o caso com atenção, mas o envio dos 20 blindados -- como mostrou reportagem do jornal O Estado de São Paulo -- está longe de ser uma ação efetiva de proteção da fronteira contra o avanço da guerra.
A logística: os blindados brasileiros sairão do Mato Grosso do Sul, Paraná e Rio Grande do Sul e chegarão em Roraima em um mês. Os Guaicurus são veículos menores do que os Guaranis, o que demonstra o pouco investimento na ação. Uma logística maior de preparação envolveria aeronaves, manutenção e tropas, com custos maiores. A ação poderia até vir a ser montada, mas não é o caso no momento.
