Publicidade
Governo

Lula: "Não pode fazer desoneração sem dar a contrapartida aos trabalhadores"

Presidente comentou sobre seu veto ao Projeto de Lei que prorrogaria desoneração da folha de pagamento

Imagem da noticia Lula: "Não pode fazer desoneração sem dar a contrapartida aos trabalhadores"
Lula fala ao microfone (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
• Atualizado em
Publicidade

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse acreditar que o Brasil não pode fazer desoneração da folha de pagamento das empresas sem que os trabalhadores recebam uma contrapartida. A declaração foi feita quando o chefe do Executivo federal falava a jornalistas, nesta 4ª feira (29.nov), sobre seu veto ao Projeto de Lei que prorrogaria a desoneração para companhias de 17 setores da economia -- os que mais empregam no país -- por mais quatro anos, até 31 de dezembro de 2027.

+ Leia as últimas notícias no portal SBT News

Segundo o petista, não há nada no projeto que diz que será gerado mais emprego se houver desoneração. "O que é importante é que essas coisas aconteçam. E o Haddad vai apresentar alternativas na medida em que a gente também tem uma relação entre empresários e trabalhadores que, ao reduzir desoneração da empresa para você melhorar a renda dela e, portanto, você garantir emprego para os trabalhadores".

Ele prosseguiu: "E a lei não diz absolutamente nada. Obviamente que vetei uma lei, o veto pode ser derrubado, mas eu acho que a gente não pode apenas fazer desoneração sem dar a contrapartida aos trabalhadores. Os trabalhadores precisam ganhar alguma coisa nessa história".

Ainda conforme o presidente, o projeto vetado também não diz que o trabalhador ganharia um salário maior com a desoneração. "Então, essas coisas é bom que aconteçam, e eu estou com os dirigentes sindicais, com dirigentes dos empresários e com o governo desde o começo do ano negociando uma nova relação entre capital e trabalho no Brasil, uma nova legislação sindical".

O veto de Lula dividiu reações entre as principais centrais sindicais do país. A Força Sindical, a União Geral dos Trabalhadores (UGT) e a Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB) disseram "lamentar" a decisão do Governo Federal. "A decisão se deu sem debate com o movimento sindical, sobretudo dos setores mais afetados", pontuaram as centrais.

Veja também:

Publicidade

Últimas Notícias

Publicidade
Publicidade