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"Dama do tráfico" teve passagens aéreas custeadas por ministério

Pasta dos Direitos Humanos bancou viagem a Brasília para participantes de encontro de prevenção e combate à tortura

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Luciane Barbosa Farias | reprodução/Instagram
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O Ministério dos Direitos Humanos pagou passagens aéreas para trazer Luciane Barbosa Farias a Brasília. A mulher ficou conhecida como a "Dama do Tráfico amazonense", após ser identificada como a esposa de um líder do Comando Vermelho, e ter participado de encontros com secretários que atuam na Esplanada do presidente Lula.

Por meio de nota, divulgada nesta 4ª feira (15.nov), a pasta confirma o pagamento, com posição de que o custeio não foi feito diretamente a Luciane, mas a todos os indicados a participar de um encontro que discutiu mecanismos de prevenção e combate à tortura. A reunião foi realizada na última semana, nos dias 6 e 7 de novembro.

O ministério também afirma que o nome dela foi uma indicação do comitê estadual do Amazonas, sem que ela tenha sido selecionada pelo próprio órgão. A pasta ainda diz que os recursos para custeio de participantes são do Comitê Nacional de Prevenção e Combate à Tortura (CNPCT).

"Nem o ministro, nem a secretária nem qualquer pessoa do gabinete do ministro teve contato com a indicada ou mesmo interferiram na organização do evento que, insistimos, contou com mais de 70 pessoas do Brasil todo e que franqueou aos comitês estaduais a livre indicação de seus representantes", diz trecho de comunicado divulgado.

Em nota, divulgada no início da semana, Luciana afirmou que as reuniões das quais participou em Brasília foram para tratar questões institucionais, e que ela é presidente de uma entidade que trabalha por melhorias de condições em presídios. Também disse não fazer parte de facção criminosa.

"Não sou faccionada de nenhuma organização criminosa e venho, sim, como inúmeras outras esposas e familiares, sendo criminalizada pelo fato de ser esposa de um detento. Minha luta é por garantir dignidade e direitos fundamentais ao meu esposo e outros internos no injusto sistema carcerário no meu estado e no Brasil. Queremos o fim da pena de fome, que familiares não sejam privados de suas visitas, fim da tortura e uma série de outras mazelas", afirma, em nota.

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