Flávio Dino minimiza disputa entre PF e GSI por controle da segurança de Lula
Ministro da Justiça diz que decisão compete apenas ao presidente e que irá cumpri-la de forma "serena e imediata"
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O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, usou as redes sociais, nesta 2ª feira (26.jun), para minimizar as disputas internas em torno de quem deve assumir em definitivo o comando da segurança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Hoje, o controle da proteção presidencial é disputado pela Polícia Federal e pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI).
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Segundo o titular da pasta, a decisão compete a Lula e "terá cumprimento sereno e imediato, com absoluta disciplina". "Não há espaço para rebeliões em razão do debate sobre modelos para a Segurança presidencial. Tenho dialogado com o ministro Rui sobre várias alternativas", publicou o ministro no Twitter.
Lula tem até 6ª feira (30.jun) para decidir se mantém a PF como responsável por sua segurança e do vice-presidente Geraldo Alckmin, ou se devolve a função ao GSI. Desde janeiro, os policiais coordenam a proteção ao chefe do Executivo por intermédio da Secretaria Extraordinária de Segurança Imediata.
Na semana passada, Dino deu uma declaração sintomática da disputa entre policiais e militares."É claro que nós reconhecemos a importância do GSI, mas defendemos a atuação da Polícia Federal, que tem sido muito elogiada e reconhecida", disse o ministro a jornalistas, indicando que o martelo ainda não foi batido.
A fala do ministro foi na contramão do que defendeu o titular da Casa Civil, Rui Costa. Ele indicou que os militares retomariam o comando da segurança presidencial. "O GSI quem vai fazer (a segurança presidencial). O presidente terá a liberdade de que convidar quem ele entender que deve compor, independente de ser a Polícia Federal, militar, ou membros das Forças Armadas. Será montado um modelo híbrido, mas sob coordenação do GSI", afirmou.
Pouco após a saída do general Gonçalves Dias, o novo ministro do GSI, general Marcos Amaro, já sinalizava que a coordenação voltaria para a pasta ao fim deste mês. O militar chegou, inclusive, a propor que agentes da PF fossem absorvidos pelo gabinete. A medida, contudo, não encontrou respaldo na corporação, que rechaça ser subordinada ao comando dos militares.