"Democracia não suporta grades", diz Lula após mandar retirar cerca
Presidente desceu a rampa do Palácio para ver a frente do local sem grades de proteção
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desceu a rampa do Palácio do Planalto, na tarde desta 4ª feira (10.mai), acompanhado da primeira-dama, Janja da Silva, e do ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta, para ver a frente do local sem as grades de proteção.
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Por ordem do presidente, elas foram retiradas hoje. Após descer a rampa, Lula cumprimentou apoiadores e conversou com jornalistas. "Eu tenho certeza absoluta que a democracia não suporta grades. Eu era contra o Muro de Berlim, eu era contra o muro de Israel e a Palestina, sou contra o muro que o Trump tentava construir no México e sou contra o muro aqui da frente do Palácio".
Segundo o chefe do Executivo federal, a segurança do local será feita como sempre foi. "A segurança, quando precisar de segurança, você tem a polícia de Brasília, as Forças Armadas, você tem o GSI", pontuou Lula. Ainda nas palavras dele, "não precisa do muro. Se os irresponsáveis que tentaram dar o golpe quiserem fazer barulho, eles vão ser tratados de acordo com o comportamento deles".
O petista ressaltou que não pode decidir pelos outros palácios. "Eu posso decidir só pelo do Planalto. Eu acho, eu vou conversar, ver a possibilidade de tirar da Praça dos Três Poderes, mas o Supremo quem decide é o Supremo, o Congesso Nacional quem decide é o Congresso".
Em sua visão, a retirada das grades hoje "é um exemplo para o Brasil". "Nós estamos ou não estamos vivendo num regime democrático?", perguntou. Lula disse que o espaço ficará "mais bonito" sem elas.
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