Padilha e Tebet também entram no embate sobre a taxa de juros
Ministros alfinetaram decisão do BC, que manteve a taxa de juros em 13,75%
Em uma reunião realizada na manhã desta 5ª feira (23.mar), o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, se encontrou com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Na ocasião, Padilha afirmou que tem ouvido empresários e economistas que o Brasil tem uma taxa básica de juros "desproporcional" em comparação com outros países. "O governo está fazendo a sua parte", disse Padilha, ao citar a estimativa de menor déficit fiscal em 2023.
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Em outro encontro que discutiu a gestão pública, a ministra do Planejamento, Simone Tebet, também comentou sobre a decisão do Copom, que manteve a taxa Selic em 13,75%. Tebet disse que espera uma explicação "imparcial" e "justa com o Brasil" sobre a manutenção dos juros. A ministra também classificou que o relatório do Banco Central não considerou o reajuste do salário mínimo de R$ 1.302 para R$ 1.320, previsto para acontecer a partir de maio deste ano: "Não houve surpresa em relação à manutenção da taxa em 13,75%. Já esperávamos isso".
"Ainda que não quiséssemos isso, mas já esperávamos. Então vamos aguardar a ata. Assim como da outra vez, o comunicado saiu muito mais apertado do que prevíamos. Vamos aguardar a ata. Que essa ata venha de forma imparcial e justa com o Brasil", disse a ministra do Planejamento.
Nesta 5ª (22.mar) o Copom manteve a taxa de juros em 13,75% ao ano pela sexta vez consecutiva - a Selic está no mesmo patamar desde agosto de 2022. A continuidade da taxa tem sido questionada pelo Governo Federal, gerando embates entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os agentes econômicos do Banco Central.
*Estagiário sob supervisão de Roseann Kennedy.
