Fazenda admite salário mínimo de R$ 1.320 se houver queda de despesas
Sindicalistas querem R$ 1.342, mas este valor é visto como "inviável" para o ano de 2023
Débora Bergamasco
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu nesta 3ª feira (17.jan) com integrantes do governo, como o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, e o ministro da Fazenda em exercício, Gabriel Galípolo, para discutir o aumento do salário mínimo.
+ Leia as últimas notícias no portal SBT News
O SBT News apurou que a posição da Fazenda, estabelecida pelo ministro titular, Fernando Haddad, que está em viagem participando do Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, é a de que o salário mínimo, que atualmente é de R$ 1.302, até pode ser reajustado para R$ 1.320 em maio, como querem ministros políticos, desde que haja "espaço fiscal" para isto.
E por "espaço fiscal", não se trata de aumento de arrecadação, porque esta pode ser variável. Mas, sim, de queda nas despesas do governo. Técnicos da Fazenda argumentam que é isso o que está previsto na PEC da Transição, aprovada pelo Congresso Nacional no fim do ano passado e que concedeu licença ao governo para aumentar o limite do teto de gastos.
Na manhã de 4ª feira, Lula vai se reunir com representantes de centrais sindicais para explicar que o aumento pleiteado por representantes de trabalhadores, para elevar o salário mínimo para R$ 1.342, no momento é inviável, justamente por falta de espaço fiscal - ou seja, porque o governo não teria de onde tirar o dinheiro para bancar este aumento.
Agora, Lula vai colocar seus ministros e técnicos para tentar construir diminuição sustentável de despesas para poder anunciar o aumento do mínimo a R$ 1.320 no dia 1º de maio, dia do trabalhador.