Ex-diretor da PRF acusado de favorecer Bolsonaro se aposenta aos 47 anos
Aposentadoria voluntária de Silvinei Vasques foi publicada no Diário Oficial nesta 6ª

SBT News
Exonerado do cargo de diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na última 3ª feira (20.dez), Silvinei Vasques se aposentou nesta 6ª feira (23.dez), aos 47 anos. Ele é réu por improbidade administrativa por usar o cargo para favorecer o presidente Jair Bolsonaro (PL) durante a campanha à reeleição.
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A aposentadoria de Vasques foi publicada no Diário Oficial da União desta 6ª. "Conceder aposentadoria voluntária ao servidor Silvinei Vasques, matrícula SIAPE n° 1183095, ocupante do cargo de Policial Rodoviário Federal, do Quadro de Pessoal desta Polícia Rodoviária Federal", consta na publicação.
Vasques foi nomeado diretor-geral da PRF em 7 de abril de 2021, quando era superintendente da corporação no Rio -- base política da família Bolsonaro. Ele foi exonerado da direção-geral da PRF na 3ª feira pelo presidente.
O ex-diretor é réu por improbidade administrativa, desde 14 de novembro, por, segundo o MPF, usar o cargo durante a campanha eleitoral para beneficiar a candidatura à reeleição de Bolsonaro -- derrotado nas urnas por Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
À época, o procurador pediu o afastamento imediato do chefe da PRF, mas a Justiça concedeu a ele 30 dias para se manifestar no processo. Ele também é investigado pela Polícia Federal (PF), por promover blitz durante o dia de votação do segundo turno para atrapalhar o deslocamento dos eleitores, contrariando a decisão da justiça e pela conduta durante os bloqueios ilegais de rodovias, promovidos por apoiadores de Bolsonaro.
Logo após a exoneração, o futuro ministro da Justiça, Flávio Dino, afirmou que as investigações não serão encerradas. A declaração foi dada pouco após Dino anunciar um novo comando para a PRF no próximo governo, o atual secretário de Controle e Transparência no Governo do Espírito Santo, Edmar Camata.