Múcio sobre comando das Forças: "Vai tudo acalmar, falta só conversar"

O futuro ministro da Defesa Múcio Monteiro deve se reunir na 2ª feira (12.dez) com o general Paulo Sérgio Nogueira, atual titular da pasta, para defender que não haja antecipação na troca de comando das Forças Armadas, como vem sendo especulado por auxiliares e assessores do presidente Jair Bolsonaro (PL). O escolhido por Lula para chefiar a pasta que por 7 anos foi liderada por militares disse que pretende conversar na semana que vem com os atuais comandantes das Forças.

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Os titulares da Marinha e da FAB sinalizaram que podem deixar os cargos até 23 de dezembro numa sinalização de apoio a Bolsonaro e tentativa de constranger o futuro presidente, no que ficaria configurado como insubordinação, o que nunca aconteceu desde a redemocratização. "Eu vou pedir que as coisas se mantenham como sempre foram, essas coisas têm que ser de forma ortodoxa quando passa a ser heterodoxo dá mais trabalho", disse Múcio Monteiro, em entrevista rápida aos jornalistas na saída do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília. 

Minutos após ser confirmado por Lula, o novo ministro da Defesa defendeu a harmonia e que as regras sejam seguidas por todos. "Vai tudo acalmar, falta só conversar. O correto é entrar com o governo isso é o normal. Tem que ser depois da posse. Tem que apaziguar, esse é o papel, harmonia", defendeu o ex-presidente do Tribunal de Contas da União (TCU). 

O futuro ministro e o presidente Lula devem se reunir na próxima semana com os oficiais-generais que deverão assumir o comando das Forças Armadas a partir de janeiro. O presidente eleito não quis, durante o anúncio dos primeiros confirmados no primeiro escalão do futuro governo, citar os indicados para as Forças e ressaltou que, nos seus dois primeiros mandatos, os militares sempre tiveram as demandas atendidas. Lula também destacou que sempre respeitou a hierarquia e as regras impostas em cada força.