Falta de recursos na PF e PRF pode afetar posse de Lula, diz Flávio Dino
Senador eleito, que coordena grupo na transição, aponta fragilidade em manutenção de viaturas e diárias
O senador eleito Flávio Dino (PSD) afirmou, nesta 4ª feira (23.nov), que a falta de recursos na área de segurança pode afetar a cerimônia de posse do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em 1° de janeiro de 2023. De acordo com o ex-governador do Maranhão, o bloqueio de verbas da área pode impactar na segurança de chefes de estado e autoridades estrangeiras.
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Coordenador do grupo de Justiça e Segurança Pública, Dino disse que há uma "crise orçamentária" na pasta e que não há recursos para atividades básicas, como pagamento de diárias a policiais, manutenção de viaturas e emissão de passaportes, serviço que foi paralisado no último dia 19 de novembro pela Polícia Federal.
Segundo o senador, os serviços prestados pelas polícias rodoviária e federal são os mais atingidos pelos bloqueios no orçamento. "Nós temos problemas com combustível e diárias na Polícia Federal hoje, não são no futuro. Esses problemas podem, inclusive, criar constrangimentos para operações fundamentais, como a posse presidencial", declarou o político durante conversas com jornalistas para apresentar o primeiro diagnóstico do GT de Justiça e Segurança Pública.
O coordenador também afirmou que as operações de final de ano e a de Carnaval podem não ser realizadas pela PRF: "Não tem recurso para fechar ano. Algumas atividades essenciais estão parando. Até agora, não temos garantia das operações", falou.
Risco nas fronteiras
Outra questão apontada por Flávio Dino foi a falta de recursos para a proteção de fronteiras. O problema, segundo ele, é preocupante especialmente por causa do combate ao tráfico de drogas.
O senador afirma que secretários de segurança pública, especialmente da região Amazônica, estão com receio que o programa Guardiões das Fronteiras -- projeto do governo federal que repassa verbas para que os Estados consigam ter policiais em fronteiras -- acabe.
"Há um clamor dos Estados, sobretudo daqueles que vem lá da Amazônia brasileira, para que esse programa não seja suspenso, em face da suspensão do pagamento de diárias", disse.